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Araponga tem os Aflitos como sua casa |
Severino Matias de Carvalho, o Araponga, virou roupeiro do Náutico em um ano emblemático: 1968, o ano do hexacampeonato. Conquistada, como teria que ser, nos Aflitos. Hoje, aos 72 anos, é o funcionário mais antigo do clube. Tem tanto prestígio que é chamado de presidente por jogadores, dirigentes e demais funcionários. E, apesar de valorizar a Arena Pernambuco, não esconde uma ponta de tristeza por ter que deixar, após 48 anos, aquela que é mais do que a extensão da sua própria casa.
"Conheço cada canto daqui. Passo mais tempo aqui do que em casa. Por isso, os Aflitos não é a minha segunda, é a minha primeira casa", disse, antes de uma longa pausa. Durante a entrevista, pelo menos em outros dois momentos Araponga voltaria a se emocionar. "A mudança para a Arena vai ser boa para o Náutico. Um estádio novo, bonito, moderno. Lá o Náutico vai ter que fazer bons times. Aqui nos Aflitos até a grama ajuda. Mas vai ser complicado deixar os Aflitos. Bate uma saudade"
Boas e ruins. Todas eternas. "A maior felicidade foi quando fomos campeões aqui em 1974 e tiramos o hexa do Santa Cruz. Não havíamos vencido eles ainda. Mas vencemos três vezes em uma semana. Já o pior momento foi a Batalha (dos Aflitos). Foi horrível. Não deu para dormir naquele dia", recorda Araponga, que mesmo em outra casa não pensa em parar. "Quando a gente gosta do que faz, não cansa."
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