Assim como Vevete, Felisberto da Silva, o Barulho, herdou do pai o apelido e o negócio. No seu caso, o de vender laranjas em dias de jogos nos Aflitos. Começou em 1965, aos 11 anos, ajudando seu Antônio Nunes. Era até então o Barulhinho. Hoje, aos 59, com o fechamento do Aflitos, também vê o futuro com certa desconfiança. Lamenta perder, sobretudo, o contato com os jogadores. De Bita a Rogério, muitos craques e pernas de pau pararam em frente a sua banquinha para chupar, de forma descompromissada, uma laranja. Muitos viraram amigos.
"Quem mais comprava laranjas comigo era o Adriano (meia, que atuou no Timbu em 1999). Levava para casa umas 20 para fazer suco. Bita, Jorge Mendonça, Nado, Mauro, Kuki, Salomão, Giovanni, Didica, Maranhão. Todos eles também compraram muitas laranjas comigo. Quem for jogador do Náutico e não comprou laranjas em Barulho, não passou no Náutico", diz, enfileirando, sem qualquer preocupação cronológica, atletas que vestiram a camisa alvirrubra nos últimos 48 anos.
"Sem os Aflitos vou ter um vazio muito grande no peito. Nunca pensei quem um dia o Náutico fosse sair daqui. Mas se vai ser uma coisa boa para o clube, tudo bem", disse, resignado.
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