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Campeão do Centenário

Por que o América não conseguiu se manter no topo de Pernambuco?

Time passou por momentos de crise e conta com a ajuda de abnegados

Brenno Costa - Diario de Pernambuco

Alexandre Barbosa - Diario de Pernambuco

Publicação:

12/04/2014 08:00

 

Atualização:

11/04/2014 22:11

Com torcida menor, América precisou de abnegados para seguir vivo (Paulo Paiva/DP/D.A Press)
Com torcida menor, América precisou de abnegados para seguir vivo
Está na história e vai demorar até que alguém tire dela. Depois de Sport, Santa Cruz e Náutico, vem o América. Com seis títulos estaduais, o clube alviverde desfila na seleta galeria de campeões pernambucanos. As glórias, no entanto, são todas em preto e branco. Hoje, são vagas lembranças, que só não se perderam no passado graças à garra de abnegados. Graças à paixão que só é cultivada pelo futebol. Parece inexplicável. Mas foi pelo amor ao clube que o América não se foi. Motivos para o fim não faltaram.

Já se vão 70 anos desde a última conquista estadual do Mequinha. Em 1944, o título já era traçado como um grande feito. Foi a celebração do fim de um jejum de 17 anos. Naquela ocasião, o clube era conduzido por Rubem Moreira - que posteriormente virou presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF). Moreira. Está neste nome uma das razões para o Esmeraldino ainda respirar.

Vários deles passaram pelo clube. Um, em especial, era presença tão forte que seu falecimento foi uma das razões para a primeira queda do Mequinha. Em 1959, o time pediu licenciamento da FPF. No ano seguinte, José Moreira morreu. O golpe foi sentido no América. O clube nunca mais seria o mesmo. “Quando meu pai morreu, a condição financeira do clube piorou. E isso foi difícil. Ele era o maior baluarte do América”, lembra José Amaro Moreira, que também é ex-presidente.

José Amaro Moreira é um dos representantes da família com DNA do América (Alcione Ferreira/DP/D.A Press)
José Amaro Moreira é um dos representantes da família com DNA do América
Nesse momento também, o América se voltava para a promoção de festas na sua sede social, em Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. Grandes espetáculos foram presenciados no local. As apresentações do grupo de basquete norte-americano Globetrotters e dos Aqualoucos, equipe do Fluminense que fazia shows de saltos ornamentais, lotaram o clube. Foram as primeiras no Recife. Isso sem contar nos carnavais.

“O mercado era muito forte, nessa época, na área social. E não era só o América. Havia grandes festas no próprio Sport, no Clube Internacional. Os clubes investiam nisso. A diferença é que, quando a gente levantou a cabeça para voltar, já estava atrasado demais”, observa o ex-presidente Sergio Serpa.

Na década de 1990, o América já não podia fazer mais festas na sede. Parte do local foi alugado por um colégio como uma das saídas à dificuldade financeira. Mas a crise parecia inevitável no esporte. Quando não estava licenciado, o clube teve que seguir a peregrinação por outras cidades. O time nunca teve um estádio próprio. E isso pesou. Na história, mandou partidas em 14 praças. Perdeu a identificação com a torcida que lhe seguia nos momentos de glória.

Restou mesmo aos que têm o Alviverde no DNA não deixar o clube sair de cena, como outros campeões fizeram. O América não quis ser mais um Flamengo, Torre, Tramways. Sob a atual presidência de Celso Muniz Filho, o clube aposta na categoria de base para readquirir oxigênio. É o que se espera.  

FRASE - “Se nós mantivermos um rumo na administração nos próximos dez anos, nós poderemos voltar a vencer. Ninguém se perde no caminho de volta para casa. O América é um time de tradição. De muitos títulos”, Sergio Serpa, ex-presidente do América.

 

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