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Campeão do Centenário

Títulos emblemáticos do América vieram sobre os rivais Sport e Náutico

Campanhas de 1922 e 1944 ficaram marcadas na história do clube

Brenno Costa - Diario de Pernambuco

Publicação:

12/04/2014 08:00

 

Atualização:

11/04/2014 22:22

Fotos dos campeões do centenário no ano de 1922. Mequinha desbanca o Sport (Arquivo/Diario de Pernambuco)
Fotos dos campeões do centenário no ano de 1922. Mequinha desbanca o Sport
Das seis estrelas do Campeonato Pernambucano que o América ostenta, duas brilham com mais força. Os estaduais de 1922 e 1944 foram emblemáticos na história do clube. São, na realidade, a cara do Mequinha que luta, resiste. Não à toa as conquistas vieram em cima dos rivais Sport e Náutico.

Na tarde invernosa de 7 de maio de 1922, que também provocara o cancelamento jogo entre Náutico e o Centro Esportivo Peres por causa da chuva, a escuridão chegou mais cedo do que o previsto. O árbitro Gastão Bittencourt decidiu encerrar o jogo a oito minutos do fim, no campo da Jaqueira, por falta de iluminação. O Mequinha vencia o Sport por 2 a 1. Com isso, derramava uma boa dose de emoção na conquista do Campeonato Pernambucano. Mesmo sem saber. Ali, estava sendo disputada apenas a primeira rodada.

“Começou mal, por assim dizer, o torneio do centenário entre os clubes filiados à entidade máxima dos desportos em Pernambuco”, conta o Diario de Pernambuco do dia 9 de maio. No jogo, apesar do bom nível técnico apresentado, também foi registrado o comportamento inadequado de alguns torcedores.

“A exaltação chegou ao ponto de influir para que em mais de uma vez o jogo fosse interrompido”, relata o texto. “Somos da opinião que a Liga deve tomar desde logo as mais enérgicas providências a fim de que para o futuro não tenhamos os dissabores de registrar fatos que só poderão concorrer para o descrédito do nosso meio desportivo”, acrescenta.

O campeonato todo foi disputado na sequência. Até que o dia 19 de novembro chegou. O Clássico dos Campeões marcou a última partida. O América precisava segurar a vitória. Ao Sport, restava empatar. O América foi bravo. Lutou. Assim, virou o eterno Campeão do Centenário - em alusão aos 100 anos de Independência da República.

A última taça estadual
Em 1944, as luzes dos Aflitos foram acesas para o América iniciar a disputa da melhor de três contra o Náutico, no Clássico da Técnica e da Disciplina. Era o início da conquista do último título pernambucano do clube alviverde. Na primeira partida, o Mequinha venceu por 2 a 0. O encontro foi considerado o melhor entre as equipes à época. Não pela técnica, mas pela vontade.

“O triunfo de 2 a 0 obtido pelo América foi um justo prêmio pelo esforço de seus dirigentes e jogadores. Eles compreenderam que para ganhar o campeonato não poderiam dormir sobre loiros triunfos passados”, descreve o Diario de Pernambuco do dia 10 de fevereiro de 1945 - era normal os campeonatos terminarem no ano seguinte.

Na segunda partida, na Ilha do Retiro, o América foi ainda mais contundente nos números. Venceu por 3 a 0. Mas o duelo foi de nível técnico baixo. O jogo foi “transformado num bate-bola em camara-lenta que enfadaria ao menos exigente aficionado”, relata o Diario de Pernambuco de 20 de fevereiro de 1945. Em campo, goleiro Leça foi o destaque da partida. Sendo eleito  o jogador mais completo do Mequinha. O último herói do título estadual.

Em 1944, Diario de Pernambuco destaca conquista do Mequinha sobre o Náutico (Arquivo/Diario de Pernambuco)
Em 1944, Diario de Pernambuco destaca conquista do Mequinha sobre o Náutico
 

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