O LEÃO DOS LEÕES

A dura realidade do futebol

Antes de chegar ao Sport, Magrão viveu momentos de dificuldades

postado em 18/04/2015 15:00 / atualizado em 18/04/2015 16:37

Daniel Leal /Diario de Pernambuco , Brenno Costa /Diario de Pernambuco

Paulo Paiva/DP/D. A Press (Reprodução)
Na Portuguesa, Magrão foi reserva de Bosco. Bem antes de terminar o contrato de um ano, acabou dispensado. No Atlético-PR, teve uma passagem relâmpago. Machucado, sequer jogou. “Nem conto essa passagem”, disse. Transferiu-se para o Botafogo-SP em 2001. Foi titular na reta final da Série A, mas acabou rebaixado. Jogou depois no Rio Branco e, em seguida, no Ceará. Em comum a todos esses clubes (com exceção do Furacão, onde mal ficou), está o fato de Magrão ter sofrido com a instabilidade na carreira e, na época, o pior: os insistentes salários atrasados.

“Teve um momento em que minha esposa teve que voltar a trabalhar”, lembra o goleiro. “Quando chegamos para o Sport tínhamos muito sonhos, três filhos e um monte de dívidas para pagar”, complementa a esposa do goleiro, Marilu.

Porém, nem tudo foi ruim antes de chegar à Ilha. No Ceará, Magrão sofreu financeiramente, mas conquistou o primeiro título da carreira. “Lá pelo menos foi bom profissionalmente, além do estadual fiz uma ótima Série B”, afirmou. “Dois anos depois fui para o Fortaleza e fui campeão cearense novamente cearense e lá comecei, enfim, a receber”, contou revivendo o alívio que sentiu na época.

Foi basicamente no Nordeste, a partir de 2002, que Magrão começou para valer a ganhar certa credibilidade na carreira. Foi titular no Ceará e no Fortaleza, onde subiu o time à Série A. “Ele já era um goleiro regular, que passava confiança para o time. Já conhecia o jogador e sabia que ele era um grande profissional”, lembra Zé Teodoro, que treinou Magrão no Rio Branco, em 2005, mas já observava o jogador antes. “Em todos os clubes onde passamos, Magrão sempre foi destaque, mas as coisas não aconteciam”, conta Marilu. “Tudo veio acontecer mesmo só no Sport”, concluiu.

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