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No Náutico, Dal Pozzo estuda possibilidades para sair da marcação do Paysandu

Técnico viu o Náutico preso ao sistema de marcação no primeiro jogo e, por isso, busca alternativas para a volta; Jean Carlos pode ser a solução

postado em 04/09/2019 09:00 / atualizado em 04/09/2019 08:51

<i>(Foto: Léo Lemos/CNC)</i>
O Náutico terá uma formatação diferente na decisão de domingo. Não só pelo fato de o jogo ser nos Aflitos, o que pode sugerir um time mais ofensivo. E também não necessariamente pela mudança de peças. Mas, sim, alternativas para sair da marcação imposta pelo Paysandu. Ao analisar o confronto de ida, técnico Gilmar Dal Pozzo enxergou o Timbu tendo dificuldades de colocar em prática a sua estratégia pela pressão sofrida na hora que teve a bola.

“O Paysandu não nos deixou jogar e marcou muito a nossa equipe. É um estilo do Hélio dos Anjos ter equipes competitivas. Estão aí os números para provar", disse o treinador.

A equipe maranhense possui a melhor defesa da competição com apenas 11 gols sofridos ao lado do Ypiranga-RS. Além disso, fora de casa possui aproveitamento de 59%, sendo quatro vitórias, quatro empates e uma derrota.

“Temos que buscar um dinamismo ao longo da semana, fazer circular essa bola para tentar envolver o adversário e fazer a bola chegar com qualidade à frente. Se o adversário marca muito nós temos que procurar outras alternativas. Seja com bola parada ou uma bola mais longa. Talvez colocar mais jogadores no meio de campo para ter mais a posse". 

Na visão de Dal Pozzo, o Timbu não conseguiu ser uma equipe reativa. “Faltou o nosso contra-ataque porque o Paysandu neutralizou essa primeira bola e não deixou a equipe transitar", avaliou o comandante.

Uma das possibilidades na busca por solucionar o problema no meio pela posse de bola pode ser o meia Jean Carlos. Depois da grande atuação contra o Santa Cruz, o jogador era esperado para começar jogando a partida de ida, mas acabou preterido. Além disso, o técnico gostou da participação do jogador e exaltou esta briga por posição no elenco.

“Jean Carlos foi bem, essa competitividade entre eles faz com que o Náutico eleve o nível de qualidade da nossa equipe. Então a importância todos. Independente da individualidade eu sempre comento a força do grupo, por isso chegamos até aqui e chegaremos até o nosso objetivo que é o acesso”, concluiu Dal Pozzo.

Com ele, o Náutico teria um jogador mais técnico, de mais visão de jogo, cadência e, por essas características, será uma equipe mais criativa. Perderia, no entanto, em velocidade e poder de recomposição, uma vez que as opções para deixarem o time seriam Matheus Carvalho ou Álvaro, jogadores de mais força física.

Se optasse por manter Matheus, este será deslocado para atuar aberto pela esquerda, diferentemente de como jogou em Belém. Caso seguisse com Álvaro na equipe, a disposição tática dos atletas não muda. O mais provável é a manutenção de Matheus. Desde que o treinador chegou ao Timbu em maio, só não o utilizou por problemas de suspensão ou lesão. Por isso, seria o escolhido para continuar no time.
 
Outra possível mudança pode ocorrer no setor ofensivo. Na tarde desta terça-feira, o departamento médico do clube informou que o atacante Rafael Oliveira está na fase final de recuperação de uma contusão na panturrilha direita e deve iniciar a transição física nesta quarta. Assim, o clube corre contra o tempo para tê-lo domingo - disponível, então, retornaria à equipe na vaga de Wallace Pernambucano.