Nem a Bola de Ouro consola Lionel Messi

Cassio Zirpoli e João de Andrade Neto

Enviados especiais

 

Rio de Janeiro -Não houve consolo algum ao receber na tribuna de honra do Maracanã a Bola de Ouro de melhor jogador do Mundial de 2014. Sobretudo porque a Taça Fifa estava num púlpito a poucos metros de distância. Foi difícil para Lionel Messi desviar o olhar do troféu que realmente importava.

Com a voz baixa e um olhar quase perdido, o argentino não desviou do batalhão de repórteres que o aguardava na zona mista. Parou logo no primeiro bolo de jornalistas - com o Superesportes presente -, com quase duas dezenas de gravadores para captar as poucas palavras do atacante. O capitão da Argentina - o 5º Bola de Ouro seguido sem ser campeão - não titubeou sobre o sentimento após o vice-campeonato mundial no Maracanã.

"Eu não pensava em um prêmio individual. Só na Taça (Fifa)", contou o camisa 10, que precisou subir duas vezes à tribuna. Na segunda, recebeu do presidente da Fifa, Joseph Blatter, a medalha de prata. Aos 27 anos, teve a sua melhor campanha em três Mundiais. Contudo, a perda do tri deve ficar marcada mesmo nos hermanos, que tiveram quatro boas chances durante os 120 minutos, sofrendo um gol somente no segundo tempo da prorrogação.

De acordo com Messi, a equipe jogou de igual para igual com a Alemanha. "Merecíamos um pouco mais. Tivemos algumas oportunidades, mas nos faltou tranquilidade". No fim, a tranquilidade estava justamente naquela entrevista. Encerrou logo e caminhou para outro grupo de repórteres na zona mista. Sempre falando pouco, sempre falando baixo. Sempre pensando no troféu que mais importava na noite.