Em "nova função", Benzema comanda Bleus e divide méritos do sucesso com restante do grupo

Brenno Costa
Enviado especial

Salvador - Desde que Ribery acabou cortado da Copa do Mundo por uma lesão nas costas, Benzema ganhou uma nova função na França. Acabou mais recuado. Além de fazer gols, ganhou também a missão de criar. Em dois jogos no Brasil, ele assimilou o novo papel com facilidade. Já fez três gols. Foi eleito pela Fifa o melhor jogador da partida pela segunda vez.

Mesmo diante da grande atuação, o camisa 10 dos Bleus decidiu falar pouco. Foi muito breve nas respostas. É introspectivo. Mas os números podem falar por ele. Diante da Suíça, Benzema, juntando o gol e as duas assistências, deu oito chutes na meta do adversário e ainda concluiu 29 passes. Foi o cérbro do ataque avassalador do time de Deschamps.

“Eu gostei muito desse jogo. Como eu sempre digo, quando a gente ganha troféus assim, é sempre graças à equipe. Estou muito grato pelos meus companheiros e o resultado deste jogo”, disse o atleta, adotando o discurso padrão dos boleiros.

No fim da partida, o atacante do Real Madrid ainda poderia ter ampliado a boa marca que construiu na Copa do Mundo. Mas esbarrou no apito do juiz quando concluía o lance. Ele explicou o lance curioso. “Não eu não ouvi o apito. Então, marquei o gol. Mas eu acho que o mais importante é a vitória e a maneira como a gente obtém a vitória.”

Diante da Suíça, por sinal, o atleta teve um novo parceiro de ataque neste Mundial. Jogando mais pelas pontas, ele pode tabelar e até inverter de posição com o centroavante Giroud - que colocou Griezmann no banco de reservas. O resultado disso foi um nó sistema defensivo adversário. “Ele fez um jogo formidável. Criou espaços para marcar gols. Estou muito contente. Agora, precisamos descansar e tentar repetir isso diante do Equador”, avaliou.