Depois que membros do Locog, o comitê organizador dos Jogos de Londres, revelaram a ordem interna de repassar o mínimo de informações ao Rio’2016, o Ministro do Esporte Aldo Rebelo qualificou como “inaceitável” e “lamentável” o escândalo envolvendo a cópia de documentos sem autorização durante a Olimpíada’2012. Em seu primeiro pronunciamento sobre o caso – que levou à demissão de dez integrantes da comitiva brasileira e acabou manchando a preparação brasileira rumo à próxima Olimpíada –, Rebelo desconsiderou quais medidas poderiam ser tomadas para evitar novos incidentes do tipo, mas garantiu que os ingleses continuam engajados em ajudar o Brasil na organização do evento.
Ontem, Luiz Felipe Scolari, foi recebido pelo Ministro e anunciado como novo consultor voluntário do Segundo Tempo, programa do Ministério do Esporte voltado à estimulação da iniciação esportiva e prática de atividades culturais em regiões pouco favorecidas. Felipão fará palestras à crianças contando sua experiência no esporte. O ex-técnico do Palmeiras afirmou que não deve treinar nenhuma equipe ou seleção em 2012, mas pretende assumir compromisso no próximo ano. Pela manhã, Rebelo já havia aprovado projeto de conservação do tatu-bola. Uma réplica inflável da mascote escolhida para a Copa’2014 foi apresentada na Praça Raul Soares, região central de Belo Horizonte.
“O governo do Reino Unido já aprovou a formação de um grupo de trabalho com o governo brasileiro para repassar a sua experiência de organização dos Jogos de Londres, de forma a ajudar o Brasil a enfrentar os desafios da preparação dos Jogos do Rio 2016”, comentou Rebelo.
O relacionamento entre os comitês do Brasil e da Inglaterra ficou estremecido desde que a cópia de dados ocorreu, há mais de 40 dias. O sistema de segurança do Locog detectou a reprodução sem autorização. Após autoridades inglesas entrarem em contato com as brasileiras, o roubo foi confirmado e os documentos devolvidos.
Embora Carlos Nuzman, que também preside o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), não tenha explicado quais razões levaram à cópia dos dados sem consentimento, Rebelo considerou adequada a apuração feita pelo Rio’2016 em torno do escândalo. “O comitê agiu corretamente ao apurar o incidente, junto com o comitê de Londres, e punir os autores. O comportamento dessas pessoas foi inaceitável e não expressa a atitude de confiança e harmonia que tem marcado a cooperação dos dois países na preparação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos sob sua responsabilidade”, acrescentou. APRESENTAÇÃO À FIFA Ao aprovar o projeto de preservação para o tatu-bola, Rebelo disse que entrará em contato com outros ministérios do Governo Federal como os da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Educação, para articular uma apresentação da iniciativa à Fifa. Elaborado pela ONG cearense Associação Caatinga – que propôs o tatu-bola como mascote –, o projeto busca conhecer melhor a espécie, áreas de conservação e promover a preservação do habitat do animal, que está em risco de extinção.
TERCEIRA COM MAIS VOLUNTÁRIOS Levantamento divulgado pelo Comitê Executivo de BH para as Copas aponta que a capital mineira é a terceira cidade-sede brasileira – entre 12 – com maior número de inscrições para o Programa de Voluntários da Fifa. Atrás apenas de São Paulo (com 33.208 inscritos) e Rio de Janeiro (18.763), Minas Gerais aparece com 13.247 interessados em trabalhar na Copa das Confederações’2013 e Copa’2014 e seus respectivos sorteios. Além de 7.450 estrangeiros de 146 países, 123.469 brasileiros participaram da concorrência de seis candidatos por vaga. Do total, 67.449 são jovens de 16 a 25 anos, e 787 tem mais de 65 anos. Na Copa’2010, na África do Sul, foram 70 mil inscritos. Na Alemanha’2006, 48 mil.
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