“Quando chegamos à Seleção, falamos que todos iriam contribuir ainda mais para o crescimento do Neymar e está acontecendo”, exalta o técnico. “Ele assumiu bem a condição de ser capitão, mas o mais importante é que ele se diverte ao jogar futebol, não se contenta com o resultado”, elogia, celebrando ainda o “entusiasmo” de seu camisa 10.
Os quatro gols do craque foram resultado da agilidade da Seleção Brasileira. Neymar e toda a equipe deslanchou no segundo tempo, quando Dunga deu maior velocidade ao meio ao promover Everton Ribeiro e Philippe Coutinho. O técnico, que garante ter “estudado muito” e tomado vários cafés com o lendário Arrigo Sacchi, entende a flexibilidade como essencial para o desempenho do time.
“Começamos com duas linhas de quatro e depois trocamos para dois volantes e três meias”, explica Dunga. “Depois modificamos novamente para jogar com um losango, e no final jogamos sem atacante. Todos no meio-campo e com a bola, com movimentação e só um volante (Souza), tendo Everton e Kaká nas pontas e Coutinho à frente.”
Apesar de as possibilidades no setor serem ideia do técnico desde o início, as trocas foram potencializadas pelas condições físicas de Neymar, que pegou resfriado após o Superclássico das Américas e chegou a ser dúvida. Dunga pensou na equipe flexível sem o craque, mas acabou podendo testá-la com o camisa 10 em campo. O resultado foi a goleada.
“Como ele vinha jogando pelo lado esquerdo, pelo meio e também atacando, deixamos ele mais livre só para atacar, mais perto do gol, com menor desgaste”, explica Dunga, revelando a estratégia para poupar Neymar e confundir a defesa japonesa.