Rio 2016
  • Oferecimento:

PERSONAGENS OLÍMPICOS

Teófilo Stevenson

Abrindo caminho para supremacia cubana no boxe

postado em 22/03/2016 20:50 / atualizado em 22/03/2016 22:50

Reprodução

Um dos símbolos do nacionalismo cubano, Teófilo Stevenson costumava falar que um milhão de dólares não era nada comparado com o amor de oito milhões de cubanos. Durante toda a carreira, o peso-pesado – classificado pela britânica BBC como "a figura mais famosa de Cuba depois de Fidel Castro" –, rejeitou o profissionalismo e, mesmo diante de propostas tentadoras, manteve-se firme para se tornar o maior lutador amador de todos os tempos.

Reprodução
Conhecido como o Gigante de Central Delícias – nome de uma usina de cana de açúcar de Porto Padre, sua cidade natal –, Stevenson começou a lutar aos 14 anos, mas só obteve sucesso anos mais tarde, quando o físico avantajado o fez subir para os pesos pesados. Já como campeão nacional, foi convocado para defender Cuba em Munique'1972, quando começou sua hegemonia olímpica dos pesados, que foi até Moscou'1980.

Foram três medalhas de ouro, que ajudaram a difundir o esporte na ilha de Fidel, abrindo caminho para a supremacia cubana no boxe olímpico. A modalidade é a que mais rendeu medalhas para Cuba, com incríveis 67 desde 1968 (34 ouros, 19 pratas e 14 bronzes). Teófilo tinha condições de disputar o quarto ouro em Los Angeles'1984, mas Cuba decidiu boicotar os Jogos em resposta à ausência norte-americana em Moscou'1980.

O Gigante venceu 301 de suas 321 lutas e dominou o boxe amador de forma inquestionável por mais de uma década. Recusou propostas para lutas profissionais, entre elas um aguardado combate com Muhammad Ali – que, para muitos, seria o maior duelo de todos os tempos nos pesados. Stevenson aposentou em 1988, dois anos depois de seu último título mundial, nos super-pesados. Nas décadas seguintes, ocupou cargos na federação cubana de boxe.

Teófilo Stevenson morreu em 2012, aos 60 anos, vítitma de infarto agudo no miocárdio.

AFP PHOTO
Personagens

Tags: Teófilo Stevenson