Após quatro anos de preparação, muito treino e superação, a medalha olímpica finalmente foi conquistada. O sonho de todo atleta, no entanto, pode acabar manchado poucas horas após a competição. O exame antidoping revelou inúmeros escândalos no esporte e desmascarou desempenhos que seriam históricos.
Nas olimpíadas, essa triste história começou em 1968, na Cidade do México. O Superesportes relembra dez momentos marcantes de doping nos Jogos, que vão desde a perda de recordes mundiais até a eliminação por conta de uma simples ‘cervejinha’.
1. Cervejinha pré-competição
O primeiro caso de doping da história dos Jogos mais parece uma estratégia comumente adotada por pessoas tímidas em baladas. Para ficar mais “soltinho”, o sueco Hans-Gunnar Liljenwall, do pentlato moderno, bebeu duas garrafas de cerveja antes de competir no tiro esportivo por equipes, na Cidade do México-1968. No fim das contas, o exame detectou a presença de álcool e a Suécia foi forçada a devolver a medalha de bronze conquistada.
2. Doping em casal?
Após conquistarem medalhas nos Jogos de Sydney-2000, o casal Konstantinos Kenteris e Ekaterini Thanou não compareceu no exame antidoping por terem sofrido um acidente de moto. Os gregos foram convocados em outras duas oportunidades, mas também não apareceram no local do exame. O caso foi julgado quatro anos mais tarde, o treinador do casal foi culpado e recebeu punição de quatro anos.
3. Recorde mundial perdido
A performance do canadense Ben Johnson numa das provas mais nobres do atletismo impressionou o mundo em 1988. Pela primeira vez na história, um atleta terminou os 100m rasos abaixo da marca de 9s80. O ouro em Seul, no entanto, não durou mais que 48 horas. Johnson testou positivo para um esteroide proibido, perdeu a medalha e teve de cumprir dois anos de suspensão.
4. Resultado histórico
A norte-americana Marion Jones encantou o mundo ao conquistas três ouros e dois bronzes em Sydney-2000. Com o desempenho, ela se tornaria a única mulher do atletismo a ganhar cinco medalhas numa mesma edição dos Jogos. No entanto, o prestígio conquistado na Austrália se perdeu quatro anos mais tarde. Jones não conseguiu repetir o desempenho em Atenas, o que deixou o resultado de Sydney sob suspeita. Em 2007, a própria atleta confirmou que havia utilizado anabolizantes ilegais e resolveu devolver as medalhas conquistadas.
5. Ouro atrasado
O brasileiro Rodrigo Pessoa quase conquistou o ouro no hipismo em 2004. Aliás, o ouro olímpico ele até ganhou, mas apenas um ano mais tarde. Ele herdou a medalha do irlandês Cian O'Connor, cujo cavalo, Waterford Crystal, testou positivo para os tranquilizantes proibidos fluphenazine e zuclophenthixol.
6. Primeiros casos brasileiros
Os dois primeiros casos de doping do Brasil em olimpíadas vieram do hipismo. Em Pequim-2008, os cavalos de Rodrigo Pessoa e Bernardo Alves testaram positivo para substâncias proibidas e foram desclassificados.
7. Primeira brasileira
Kissya Cataldo foi a primeira mulher brasileira a ser pega no antidoping em olimpíadas. Em Londres-2012, a remadora testou positivo para o estimulante EPO e foi eliminada da competição.
8. Recorde negativo
Os Jogos de Atenas-2004 ficaram marcados por serem a edição com o maior número de casos de doping até aqui, com 25. No total, nada mais, nada menos que oito campeões olímpicos perderam a medalha.
9. O primeiro não-campeão
O primeiro campeão olímpico a perder a medalha por doping foi o nadador americano Rick Demont. Em Munique-1972, ele conquistou o ouro nos 400m livre, mas perdeu a conquista ao testar positivo para enfedrina, composto que acelera o metabolismo.
10. Ex-maior da história desmascarado
Em 2012, uma das maiores lendas do esporte mundial perdeu prestígio e os títulos conquistados. O ciclista Lance Armstrong, então maior vencedor da Volta da França, confirmou que se dopava para competir e acabou banido do esporte. O que pouca gente sabe é que, além dos sete títulos seguidos na França, o norte-americano também foi medalhista em Olimpíada. Em Sydney-2000, Armstrong ficou com o bronze, perdido após as revelações de doping.