Nijat Rahimov, campeão olímpico de levantamento de peso, é acusado de trocar suas amostras de urina em um caso de doping que poderia ameaçar sua medalha de ouro. A Agência Internacional de Testes (ITA, sigla em inglês) revelou que acusou o atleta do Casaquistão e o romeno Dumitru Captari por uma "violação da regra antidoping", que teria ocorrido em 2016.
Não está claro se as alegações incluem a Olimpíada do Rio de 2016, quando Rahimov conquistou o ouro com um recorde mundial na categoria dos 77 quilos. Captari competiu no mesmo evento.
Rahimov cumpriu pena de dois anos de 2013 a 2015 em um caso de doping enquanto competia pelo Azerbaijão e só voltou a representar o Casaquistão alguns meses antes dos Jogos Olímpicos
O medalhista de bronze no Rio, Mohamed Mahmoud, do Egito, comentou a rápida melhoria na preparação física de Rahimov. "Foi um tempo muito curto para se ter um desempenho como aquele." O ITA disse que Rahimov e Captari estão provisoriamente suspensos, enquanto os casos disciplinares são processados.
Os problemas generalizados de doping e corrupção no halterofilismo foram expostos há um ano pela emissora alemã ARD. Isso levou à expulsão de antigos dirigentes, como o presidente da Federação Internacional de Halterofilismo, Tamas Ajan, que também perdeu seu cargo honorário do Comitê Olímpico Internacional.
Um programa da ARD filmou o levantador da Tailândia Rattikan Gulnoi, medalhista de bronze nos Jogos de Londres, em 2012, falando sobre o uso de doping com esteroides. O atleta também é acusado do uso de substâncias proibidas.
Com base nas informações do programa, a Federação Internacional de Levantamento de Peso contratou Richrad Mclaren, investigador para casos de doping, para examinar os problemas da modalidade.
"Um relatório com 146 arquivos descobertos por McLaren está sendo analisado e o ITA deve ser capaz de concluí-lo e resolver os assuntos pendentes até o fim do primeiro trimestre de 2021", disse a ITA, em um comunicado oficial.