Em crise, Náutico anseia investimento celeste em revelação que vale quase três meses da folha

O meia Marcos Vinícius, de 20 anos, encheu os olhos do técnico Marcelo Oliveira na sua estreia pelo Cruzeiro, em partida contra o Mamoré, pelo Campeonato Mineiro. O jogador pertence ao Náutico e está emprestado ao clube mineiro, que tem a preferência na compra de 50% dos direitos econômicos do meia-atacante até julho, com valor fixado em R$ 900 mil. Em dificuldades financeiras, a equipe pernambucana anseia pelo pagamento e já planeja, inclusive, como usar o dinheiro.

A quantia que o Cruzeiro precisa pagar até o meio do ano equivale a quase três meses da folha de pagamento do Náutico. Para não atrasar salários e evitar ambiente conturbado, como ocorreu em 2014, o clube pernambucano estipulou uma gestão mais rígida dos parcos recursos. Atualmente, as fontes de renda são reduzidas, já que o clube não conta com patrocinador máster e recebe uma quantia menor do contrato com a TV por estar na Série B do Campeonato Brasileiro.

“A gente trabalha com o pé no chão. Não vamos ultrapassar o valor de R$ 350 por mês no futebol. Infelizmente, a realidade não permite. A nossa renda é de um time de Série B. Os contratos com TV e contrato com patrocinadores não chegam nem perto ao que o Cruzeiro recebe, por exemplo”, explica o diretor de futebol do Náutico, Paulo Guerra, ao Superesportes.

A diretoria alvirrubra vê com bons olhos o interesse do Cruzeiro na permanência do meia Marcos Vinícius. “Se o Cruzeiro realmente optar em ficar com o jogador, os R$ 900 mil serão de extrema importância para o Náutico”, afirma o dirigente.

O clube pernambucano, inclusive, já planejou a forma de utilizar o dinheiro de um possível pagamento. “Com o investimento sendo feito, iremos investir no futebol do clube. A nossa ideia é fortalecer o time para a Série B. O acesso é nosso objetivo e vai melhorar nossa situação econômica”, afirmou.