ELIMINATÓRIA DA COPA
Brasil abre 2 a 0, mas cai de produção e fica apenas no empate com o Uruguai na Arena PE
Seleção abriu dois gols com 25 minutos de jogo, com Douglas Costa e Renato Augusto; Celeste reagiu com os craques Cavani e Suárez, chegando perto da virada
postado em 25/03/2016 23:59 / atualizado em 26/03/2016 01:34
Na primeira partida da Seleção Brasileira na Arena Pernambuco, um Brasil e Uruguai como manda a tradição das duas seleções e como pede um duelo com dois dos maiores astros do futebol mundial. De um lado, Neymar. Do outro, Luis Suárez, que não jogava pela Celeste desde a Copa do Mundo, após longa suspensão imposta pela Fifa. O justo empate em 2 a 2 também fez brasileiros e uruguaios compartilharem um sentimento de frustração. Os donos da casa, pelo belo início. Os visitantes, pela reação na etapa final. Inclusive com chance clara da virada desperdiçada pelo seu astro.
O resultado não alterou a posição das duas seleções nas eliminatórias. O Uruguai, na vice-liderança, com 10 pontos. O Brasil, em terceiro, com oito. O empate manteve a invencibilidade da seleção em solo pernambucano, mas encerra uma sequência de oito vitória seguidas do Brasil no estado. Iniciada justamente sobre o Uruguai, em um amistoso em 1985, no Arruda.
Antes da partida, o técnico Dunga havia reclamado do tempo sem jogar da Seleção, que não entrava em campo há 128 dias. No entanto, nos primeiros minutos do primeiro tempo, parecia que a equipe havia jogado junta pela última vez na semana passada, tamanho o entrosamento mostrado nos primeiros 45 minutos.
Muitos torcedores nem haviam chegado à Arena Pernambuco, graças aos engarrafamentos nas vias que dão acesso ao estádio, e o Brasil já abria o placar. O cronômetro não havia nem completado o primeiro minuto quando William fez boa jogada pela direita e serviu Douglas Costa aos 40 segundos. Por sinal, os homens de frente de amarelo, com movimentação e deslocamento constantes, infernizaram quem estivesse de azul à sua frente. Principalmente a dupla de zaga reserva, formada pelos fracos Victorino e Coates. Os titulares Godín e Gimenez estão lesionados. Neymar, atuando mais recuado, partindo de frente para a defesa, e Renato Augusto, preciso nos passes, completavam o cenário favorável.
E foi com uma jogada dos dois que o Brasil ampliou. Neymar achou Renato Augusto com um passe que cortou a defesa uruguaia. O camisa oito completou o serviço, driblando Muslera e estufando as redes. Tudo isso com apenas 25 minutos. Os melhores da Seleção desde a final da Copa das Confederações de 2013, contra a Espanha. O cenário indicava um resultado histórico frente um rival tradicional. Mas o Uruguai nunca foi de se render fácil.
E se havia um ponto em falso na atuação brasileira era a postura da defesa, marcando com distância. Em uma dessas falhas, Sanchez (o melhor uruguaio em campo), ajeitou para Cavani (até então o pior em campo) estufar as redes de Alisson. O gol recolocou a Celeste no jogo. E a partida, que então era uma ópera solo, passou a ser uma sinfonia completa. Tanto os uruguaios poderiam ter empatado quanto os brasileiros ampliados em um jogão.
O ritmo alucinante continuou no segundo tempo. Só que, desta vez, a rapidez vestia celeste. Logo aos dois minutos, Suárez aproveitando espaço cedido por David Luiz, chutou para empatar e manter sua média na Arena Pernambuco. Em três jogos no estádio, esse foi o quarto gol (antes havia marcado contra Espanha e Taiti, na Copa das Confederações).
Além do gol relâmpago, o que dificultou a vida do Brasil na etapa final foi a marcação do Uruguai, mais avançada, com linhas de quatro e cinco jogadores. Aos 20 minutos, sentindo que a sua equipe perdia força ofensiva, Dunga sacou Fernandinho para pôr em campo Phillippe Coutinho, um volante com mais chegada à frente. Se por um lado a partida perdeu em chances criadas, ganhou em nervosismo. O concerto virou jogo de xadrez.
E foi o Uruguai que teve a chance do xeque-mate. Após nova falha de David Luiz, Suárez entrou livre, frente a frente com Alisson. Mas o goleiro do Internacional virou uma parede e fez a defesa da partida, evitando o pior.
Ficha do jogo
Brasil 2
Alisson; Daniel Alves, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Luiz Gustavo, Fernandinho (Phillippe Coutinho) e Renato Augusto; Willian (Lucas Lima), Douglas Costa (Ricardo Oliveira) e Neymar. Técnico: Dunga
Uruguai 2
Muslera; Fucile, Victorino, Coates e Álvaro Pereira; Arévalo Rios, Vecino, Carlos Sanchez (Stuani) e Cristian Rodriguez (Álvaro González); Cavani e Suárez; Técnico: Oscar Tabárez.
Local: Arena Pernambuco. Árbitro: Nelson Pitana (ARG). Assistentes: Juan Bellati e Ezequiel Brailovsky. Gols: (Douglas Costa, 40 s do 1º), Renato Augusto (25 min do 1º) e Cavani (31 min do 1º), Suárez (2 min do 2º). Público: 45.010. Renda: R$ 4. 961,890. Cartão amarelo: Suárez (U) e Neymar, David Luiz, Daniel Alves (B).
O resultado não alterou a posição das duas seleções nas eliminatórias. O Uruguai, na vice-liderança, com 10 pontos. O Brasil, em terceiro, com oito. O empate manteve a invencibilidade da seleção em solo pernambucano, mas encerra uma sequência de oito vitória seguidas do Brasil no estado. Iniciada justamente sobre o Uruguai, em um amistoso em 1985, no Arruda.
CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO ATUALIZADA DAS ELIMINATÓRIAS
Antes da partida, o técnico Dunga havia reclamado do tempo sem jogar da Seleção, que não entrava em campo há 128 dias. No entanto, nos primeiros minutos do primeiro tempo, parecia que a equipe havia jogado junta pela última vez na semana passada, tamanho o entrosamento mostrado nos primeiros 45 minutos.
Muitos torcedores nem haviam chegado à Arena Pernambuco, graças aos engarrafamentos nas vias que dão acesso ao estádio, e o Brasil já abria o placar. O cronômetro não havia nem completado o primeiro minuto quando William fez boa jogada pela direita e serviu Douglas Costa aos 40 segundos. Por sinal, os homens de frente de amarelo, com movimentação e deslocamento constantes, infernizaram quem estivesse de azul à sua frente. Principalmente a dupla de zaga reserva, formada pelos fracos Victorino e Coates. Os titulares Godín e Gimenez estão lesionados. Neymar, atuando mais recuado, partindo de frente para a defesa, e Renato Augusto, preciso nos passes, completavam o cenário favorável.
E foi com uma jogada dos dois que o Brasil ampliou. Neymar achou Renato Augusto com um passe que cortou a defesa uruguaia. O camisa oito completou o serviço, driblando Muslera e estufando as redes. Tudo isso com apenas 25 minutos. Os melhores da Seleção desde a final da Copa das Confederações de 2013, contra a Espanha. O cenário indicava um resultado histórico frente um rival tradicional. Mas o Uruguai nunca foi de se render fácil.
E se havia um ponto em falso na atuação brasileira era a postura da defesa, marcando com distância. Em uma dessas falhas, Sanchez (o melhor uruguaio em campo), ajeitou para Cavani (até então o pior em campo) estufar as redes de Alisson. O gol recolocou a Celeste no jogo. E a partida, que então era uma ópera solo, passou a ser uma sinfonia completa. Tanto os uruguaios poderiam ter empatado quanto os brasileiros ampliados em um jogão.
O ritmo alucinante continuou no segundo tempo. Só que, desta vez, a rapidez vestia celeste. Logo aos dois minutos, Suárez aproveitando espaço cedido por David Luiz, chutou para empatar e manter sua média na Arena Pernambuco. Em três jogos no estádio, esse foi o quarto gol (antes havia marcado contra Espanha e Taiti, na Copa das Confederações).
Além do gol relâmpago, o que dificultou a vida do Brasil na etapa final foi a marcação do Uruguai, mais avançada, com linhas de quatro e cinco jogadores. Aos 20 minutos, sentindo que a sua equipe perdia força ofensiva, Dunga sacou Fernandinho para pôr em campo Phillippe Coutinho, um volante com mais chegada à frente. Se por um lado a partida perdeu em chances criadas, ganhou em nervosismo. O concerto virou jogo de xadrez.
E foi o Uruguai que teve a chance do xeque-mate. Após nova falha de David Luiz, Suárez entrou livre, frente a frente com Alisson. Mas o goleiro do Internacional virou uma parede e fez a defesa da partida, evitando o pior.
Ficha do jogo
Brasil 2
Alisson; Daniel Alves, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Luiz Gustavo, Fernandinho (Phillippe Coutinho) e Renato Augusto; Willian (Lucas Lima), Douglas Costa (Ricardo Oliveira) e Neymar. Técnico: Dunga
Uruguai 2
Muslera; Fucile, Victorino, Coates e Álvaro Pereira; Arévalo Rios, Vecino, Carlos Sanchez (Stuani) e Cristian Rodriguez (Álvaro González); Cavani e Suárez; Técnico: Oscar Tabárez.
Local: Arena Pernambuco. Árbitro: Nelson Pitana (ARG). Assistentes: Juan Bellati e Ezequiel Brailovsky. Gols: (Douglas Costa, 40 s do 1º), Renato Augusto (25 min do 1º) e Cavani (31 min do 1º), Suárez (2 min do 2º). Público: 45.010. Renda: R$ 4. 961,890. Cartão amarelo: Suárez (U) e Neymar, David Luiz, Daniel Alves (B).