O Nordeste terá pela primeira vez um clube nas quartas de final da Copa Sul-Americana. Nesta quarta-feira, o Sport fez prevalecer a vantagem de 3 a 1 construída no jogo de ida e avançou de fase na competição mesmo perdendo da Ponte Preta por 1 a 0, em Campinas. Logo após ter sofrido o gol, o Leão ficou com um jogador a mais devido à expulsão de Nino Paraíba, não se sobrepôs ao adversário, mas só sofreu o maior susto nos acréscimos ao ver Magrão defender chute de Léo Gamalho. O Rubro-negro agora enfrenta o Junior Barranquilla-COL na etapa seguinte do torneio.
Com as voltas de Henríquez, Sander e Diego Souza, o Sport encarou uma Ponte que acabara de receber a notícia que teria Eduardo Baptista como treinador. Talvez a fim de mostrar serviço ao novo comandante, presente nas cabines do estádio, o time campineiro iniciou com uma postura totalmente diferente do jogo de dia. Ainda que não tenha em nenhum momento esboçado uma pressão, desta vez, ao menos, partiu para cima da acuada e desorganizada equipe de Vanderlei Luxemburgo.
Cedo, aos 15 minutos, o Leão sofreu o golpe. Renato Cajá cobrou falta, a bola desviou na barreira e sobrou para Lucca, que deslocou Magrão para abrir o placar. A Ponte, no entanto, se entusiasmou com a possibilidade real de passar fase com apenas mais um gol. Avançou terreno e começou a ceder muito espaço ao Sport. Os leoninos tentavam se aproveitar de contra-ataques a todo instante.
Em uma dessas descidas, Lenis acertou o travessão ao arriscar um chute (ou cruzamento), quase encobrindo o goleiro João Carlos. Em outra investida, Mena sofreu entrada dura do já “amarelado” Nino Paraíba, que terminaria expulso. Embora contasse com um atleta a mais em campo, o Rubro-negro esteve longe de ter o controle da partida. No fim do primeiro tempo, Magrão ainda evitou que Léo Gamalho ampliasse a vantagem da Macaca.
Luxemburgo quis melhorar o Sport ofensivamente. Tirou Sander e voltou do intervalo com Thomás, que foi para a beirada, deslocando Mena para a lateral. Depois, mexeu na outra ponta: Rogério por Lenis. As substituições pouco surtiram efeito. Sorte do time recifense que a Ponte esbarrava nas suas próprias deficiências e não tinha força para atacar com um jogador a menos. Nos acréscimos, Léo Gamalho teve a chance de fazer o gol da classificação. Magrão salvou de novo.
Ponte Preta
Ponte Preta
João Carlos; Nino Paraíba, Marllon, Luan Peres e Danilo Barcelos; Naldo (Wendel), Elton e Renato Cajá (Claudinho); Felipe Saraiva (Jeferson), Lucca e Léo Gamalho. Técnico: João Brigatti (interino).
Sport
Magrão; Raul Prata, Ronaldo Alves, Henríquez e Sander (Thomás); Patrick, Rithely, Mena, Lenis (Rogério) e Diego Souza; André. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Estádio: Moisés Lucarelli (Campinas-SP). Árbitro: Roddy Zambrano Olmedo (Equador). Assistentes: Byron Romero e Juan Macías (ambos do Equador). Cartões amarelos: Felipe Saraiva, Léo Gamalho, Claudinho (Ponte Preta); Sander, Thomás, Lenis, Patrick (Sport). Cartão vermelho: Nino Paraíba. Gol: Lucca (16’ do 1T, Ponte). Público: 6.890. Renda: R$ 43.700,00.