Agora, o Leão volta suas atenções para a Copa Sul-Americana, competição pela qual enfrenta o Arsenal-ARG, quinta-feira, na Ilha do Retiro, pela ida das oitavas de final. No Brasileiro, o time volta a campo apenas no dia 10, contra o Coritiba, no Couto Pereira.
O jogo
Campeão pernambucano, o Sport entrou em campo com a volta do time que vem atuando no Brasileiro, com os retornos do lateral-esquerdo Sander, do volante Patrick e do atacante Osvaldo. E com sua força máxima diante de um Atlético-PR repleto de reservas, com os titulares poupados visando as oitavas de final da Libertadores, contra o Santos, o primeiro tempo foi de amplo domínio leonino.
Explorando principalmente os lados do campo, com Osvaldo e principalmente Everton Felipe, os donos da casa passaram quase toda a primeira etapa ocupando o campo de defesa do Furacão. Faltou, porém, transformar o maior volume de jogo e posse de bola (54%) em chance reais de gol.
Das nove finalizações contra a meta do goleiro Weverton (contra nenhuma em Magrão), apenas duas poderiam ter inaugurado o placar. A melhor delas, já aos 39 minutos, com André, dentro da pequena área, mandando na trave, após cruzamento de Everton Felipe.
Além disso, o primeiro tempo do Sport poderia ter sido ainda melhor se o meia Diego Souza, envolvido ao longo da semana em uma novela sobre uma possível contratação por parte do Palmeiras, estivesse em seus melhores dias. Apagado, o camisa 87 não conseguiu destravar a partida pelo meio de campo, o que daria mais alternativas ofensivas aos leoninos. O desgastado gramado da Ilha do Retiro também dificultou o jogo pelo meio.
Segundo tempo
Com a superioridade em campo, o Sport voltou com a mesma formação para a etapa final. E o ritmo da equipe também não mudou, com a equipe pernambucana seguindo pressionando, passando a maior parte do tempo no seu campo de ataque. Ao ponto do goleiro Magrão, sem trabalho, passar a atuar como “líbero” em alguns momentos.
Aos 15 minutos, Luxemburgo fez a sua primeira substituição, tirando Everton Felipe para a entrada de Rogério, mantendo a estrutura tática, porém com um atleta descansado. Por sua vez, Eduardo Baptista reforçou a marcação do Atlético-PR colocando mais um volante em campo (Bruno Guimarães). Nitidamente, a essa altura, um empate já seria lucro para o Furacão. Com esse bloqueio, a primeira oportunidade clara no segundo tempo só veio aos 27 minutos, com Diego Souza, de cabeça e a bola passando rente à trave paranaense.
O próprio Diego abriria o placar um pouco depois. Mas para isso contaria com a ajuda do árbitro carioca Grazianni Maciel, que enxergou toque de mão do zagueiro Wanderson, dentro da área, quando na verdade a bola tocou na cabeça e na coxa do defensor atleticano após chute de Rogério. Ovacionado pela torcida, o camisa 87 bateu o pênalti no canto direito, sem chance de defesa para Weverton. O 50ª gol do meia pelo Sport. Resta saber se será o último.
Ficha do jogo
Sport 1
Magrão; Samuel Xavier, Ronaldo Alves, Durval e Sander; Rithely, Patrick e Diego Souza; Everton Felipe (Rogério), André (Rodrigo) e Osvaldo (Lenis). Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Atlético-PR 0
Weverton; Gustavo Cascardo, Paulo André, Wanderson e Nicolas; Deivid, Matheus Rossetto (Bruno Guimarães), Douglas Coutinho, Lucho González (Carlos Alberto) e Matheus Anjos (Yago); Grafite. Técnico: Eduardo Baptista.
Local: Ilha do Retiro. Árbitro: Grazianni Maciel Rocha (RJ). Assistentes: João Luiz Coelho de Albuquerque (RJ) e Wendel de Paiva Gouveira (RJ). Gol: Diego Souza (30 min do 2º). Cartões amarelos: Matheus Rossetto, Wanderson, Bruno Guimarães (A), Diego Souza (S). Público: 11.031. Renda: R$ 253.766