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CLÁSSICO DOS CLÁSSICOS

Com dois gols de Juninho, Sport vira em cima do Náutico e larga com vantagem nas sêmis

Acionado no segundo tempo, prata da casa marca aos 45 e 46 minutos do segundo tempo e crava a vitória rubro-negra por 3 a 2, na Ilha do Retiro

postado em 16/04/2017 18:05 / atualizado em 16/04/2017 22:33

Rafael Martins/DP
O Sport dominou o clássico contra o Náutico. Mas só conseguiu arrancar a vitória no jogo de ida das semifinais do Campeonato Pernambucano nos minutos finais, após estar perdendo na maior parte da partida. E graças a um garoto com talento, faro de gol e estrela. Com dois gols do prata da casa Juninho, aos 45 e 46 minutos do segundo tempo, o Leão venceu, de virada, o Timbu por 3 a 2 e agora joga por um empate, domingo que vem na Arena de Pernambuco, para chegar à final do Estadual.
 
Aos alvirrubros, resta a missão de vencer por dois gols de vantagem. Um triunfo por um tento leva a decisão aos pênaltis. Essa também foi a primeira vitória em clássicos do Sport no ano. E a primeira derrota do Náutico.

O jogo
Para o clássico, o técnico Ney Franco, como já havia sugerido, fez mudanças com relação ao último jogo do Sport, armando a sua equipe à imagem da segunda partida das quartas de final da Copa do Nordeste contra o Campinense (a melhor do time na temporada), com três volantes e liberdade ofensiva para Rithely e principalmente Diego Souza. Já no Náutico, Milton Cruz fez o básico, com dois volantes, dois meias e dois atacantes. 

E nessa disputa tática, os rubro-negros dominaram os alvirrubros no primeiro tempo. Explorando principalmente o lado direito de ataque, com Samuel Xavier, Rithely e Diego Souza, os donos da casa cansaram de criar boas oportunidades, sempre levando vantagem em cima do lateral Manoel e dos volantes Rodrigo Souza e João Ananias. E com o time alvirrubro errando muitos passes e rifando a bola, Magrão era um mero expectador

Rafael Martins/DP
Já o problema do Sport foi um só. As finalizações. Com os leoninos desperdiçando, pelo menos, quatro ótimas oportunidades. Seja com Tiago Cardoso fazendo boas defesas ou por conta do pé descalibrado de Rogério e principalmente André. O camisa 90 perdeu gols de tudo quando foi forma. Chutando em cima do goleiro timbu, cabeceando no travessão e até mesmo após receber uma “assistência” do lateral alvirrubro David, isolando dentro da pequena área.

E nesse clássico, nunca o batido ditado “quem não faz, leva” foi tão bem empregado. Na única vez que se arriscou com mais perigo ao ataque, o Náutico abriu o placar. Após Erick ser derrubado na entrada da área, depois de uma bela jogada individual, Marco Antônio bateu a falta no ângulo de Magrão, no último lance da primeira etapa. 100% de aproveitamento.

Segundo tempo
No retorno para a etapa final, os dois rivais voltaram com a mesma formação. E parecia que o enredo dos primeiros 45 minutos se repetiria, com Tiago Cardoso defendendo cabeçada de André, livre, logo com seis minutos. Porém, logo em seguida, o Sport, enfim, fez jus ao seu maior volume de jogo. Em outro escanteio, Diego Souza aproveitou confusão na área do Náutico e chegou mais rápido para empurrar para o gol, empatando o clássico.

Com o empate logo no ínicio do segundo tempo, a blitz rubro-negra não cessou. Três minutos depois, Diego Souza, como um centroavante, mandou de cabeça no travessão de Tiago Cardoso. Minutos depois, o goleiro foi obrigado a trabalhar de novo em chute de Rogério.

O Náutico só voltaria a ameaçar novamente em um lance de bola parada, com Ewerton Páscoa ganhando de cabeça para Magrão e colocando nas redes. O árbitro, erroneamente, marcou falta inexistente do zagueiro alvirrubro. O lance, porém, parece ter dado um pouco mais de ânimo ao Timbu. Assim, dois minutos depois, após levantamento na área, Anselmo foi mais rápido que os zagueiros rubro-negros e mandou para as redes.

Com o Sport novamente atrás do marcador, Ney Franco colocou o time para cima, com as entradas de Everton Felipe e Juninho nas vagas de Ronaldo e André. Já no Náutico, Rodrigo Souza, lesionado, deu vaga ao zagueiro Nirley, com Páscoa passando a atuar como volante. Na sequência, Maylson entrou na vaga do apagado Dudu. Ciente de que o Leão teria que se expor, a intenção era melhorar o passe na saída de bola para encaixar um contra-ataque.

Mas nada disso aconteceu. O que aconteceu foi a estrela de um atacante. Em dois lances, Juninho resolveu o problema do ataque do Sport. Aos 45, foi mais rápido que João Ananias e cabeceou sem defesa para Tiago Cardoso. No minuto seguinte, o nome do jogo virou após cruzamento na área, novamente em cima de Ananias. Vitória justa do Sport. Graças a Juninho.
 
Ficha do jogo

Sport 3
Magrão; Samuel Xavier, Henriquez, Durval e Mena (Lenis); Fabrício, Ronaldo (Everton Felipe) e Rithely; Diego Souza, André (Juninho) e Rogério. Técnico: Ney Franco.

Náutico 2
Tiago Cardoso; David, Tiago Alves, Ewerton Páscoa e Manoel; Rodrigo Souza (Nirley), João Ananias, Marco Antônio e Dudu (Maylson); Erick e Anselmo (Alison). Técnico: Milton Cruz.

Local: Ilha do Retiro. Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (Fifa-RJ). Assistentes: Guilherme Dias Camilo (Fifa-MG) e Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP). Gols: Marco Antônio (44 min do 1º), Diego Souza (6 min do 2º) e Anselmo (19 min do 2º), Juninho (aos 45 min e 46 min do 2º). Cartão amarelo: Rodrigo Souza, Manoel (N), Mena, Ronaldo (S). Público: 15.082. Renda: R$289.785,00