Com o resultado, os rubro-negros podem até perder por dois gols de diferença no jogo de volta, dia 11 de maio, em Montevidéu. Rithely e o garoto Fabrício, em bela cobrança de falta, anotaram os outros gols.
O jogo
Ciente da necessidade de que a classificação dependeria de um bom resultado dentro de casa, o técnico Ney Franco colocou em campo uma equipe mais ofensiva, com o meia Everton Felipe entrando na vaga do volante Rodrigo, titular diante do Campinense, no último domingo. Com isso, Diego Souza foi adiantado para atuar como terceiro atacante.
No entanto, o time parece ter estranhado a nova formação. Com Everton Felipe sem conseguir ser o homem de criação imaginado pelo técnico rubro-negro, o Sport tinha dificuldade para passar pela marcação do Danubio. Assim, os primeiros minutos foram equilibrados, com o time uruguaio buscando valorizar a posse de bola. Chances de gol? Só em chutes de fora da área. Cenário que era melhor para os visitantes.
Notando o pouco poder de fogo da sua equipe, Ney Franco desfez o plano inicial e aos 25 minutos voltou a forma tradicional do Sport jogar. Com Diego Souza mais recuado, no meio de campo, e Everton Felipe passando a atuar aberto no ataque. O “Sport melhorou. Mas o nó”, não foi desatado pelo coletivo e sim pelo talento individual. Que atende pelo nome de Diego Souza.
Dessa vez vestindo a camisa 10 (o número 87 não é permitido pela Conmebol), o meia começou a dar seu show aos 34 minutos, quando, mesmo marcado por dois defensores, “achou” um cruzamento de bicicleta para Rithely, de cabeça, abrir o placar. Na comemoração, os gritos da torcida foram para o dono da assistência.
O gol desnorteou o Danubio, que passou a ser dominado. Assim, não demoraria para levarem o segundo. E em nova pintura do craque rubro-negro. Após uma sequência de bicicletas mal sucedidas do Sport, primeiro por André e depois por Rogério, a bola sobrou para Diego Souza, que mostrou como se faz. De voleio, mandou sem chance para o goleiro Cristóforo. Golaço.
Segundo tempo
Satisfeito, Ney Franco não fez nenhuma substituição para a etapa final. Nenhuma mudança também no futebol de Diego Souza. Cheio de confiança, foi do craque a primeira grande chance de gol no segundo tempo, pegando de primeira, de fora da área.
O único cenário diferente foi o fato do Leão ter mais espaço para jogar, já que, com o placar adverso, o Danubio precisou se expor mais. Diminuir a vantagem seria importantíssimo para os uruguaios pensando no jogo de volta, já que o gol fora de casa serve como critério de desempate caso de igualdade nos placares agregados. Assim, aos 14 minutos, trocou a sua dupla de ataque, buscando ter mais velocidade. Não deu em nada
Seria o Sport que chegaria mais uma vez às redes. E de uma forma que fazia tempo que não chegava. Em cobrança de falta perfeita, trabalhada nos treinos da semana, o prata da casa Fabrício jogou no ângulo, anotando o terceiro do time pernambucano. Gol para coroar a boa atuação leonina.
Ficha do jogo
Sport 3
Magrão; Samuel Xavier, Ronaldo Alves (Matheus Ferraz), Durval e Mena (Evandro); Fabrício, Rithely e Everton Felipe; Diego Souza, André (Leandro Pereira) e Rogério. Técnico: Ney Franco.
Danubio 0
Cristóforo; Peña, De Los Santos, Malrechauffe e Olaza; Fernández, Gravi, Zarfino e González (Grossmuller); Olivera (Jonathan dos Santos) e Ardaiz (Saracchi). Técnico: Gastón Machado.
Local: Ilha do Retiro. Árbitro: Jorge Baliño (ARG). Assistentes: Lucas Germanotta e Gabriel Chade (ambos da ARG). Gols: Rithely (34 min do 1º) , Diego Souza (41 min do 1º) e Fabrício (22 min do 2º). Cartões amarelos: Zarfino, Fernandez, Malrechauffe, Gravi (D), Diego Souza (S). Renda: R$ 267.485. Publico: 13.582