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Sport joga mal, mas com gol de Durval aos 50 minutos do 2º tempo vence o Campinense
Com vitória por 1 a 0, time rubro-negro joga por um empate, domingo, em Campina Grande, para chegar a mais uma decisão da copa do Nordeste
postado em 14/04/2016 22:09 / atualizado em 15/04/2016 00:35
O cenário estava montado. Nesta quinta-feira, pouco mais de 23 mil rubro-negros compareceram no maior público do ano em Pernambuco e incentivaram o time antes mesmo da partida, fazendo uma bela recepção ao ônibus do time, com a “avenida rubro-negra”. Em campo, porém, o Sport demorou a corresponder a todo esse apoio. Com um futebol pobre durante todo o jogo, foi preciso apelar para a mística. Que dessa vez atendeu pelo nome de Durval. Com um gol aos 50 minutos do segundo tempo, o Leão venceu o Campinense por 1 a 0 na partida de ida das semifinais da Copa do Nordeste e com isso joga por um empate no jogo de volta, em Campina Grande, no próximo domingo. Ou mesmo uma derrota por um gol de diferença, desde que também marque.
Com a Ilha do Retiro vestida de “La Bombonilha”, o Sport começou a partida como se esperava: procurando sufocar o Campinense. No entanto, para que a pressão fosse efetiva, era preciso saber como funcionaria o quarteto ofensivo formado por Diego Souza, Mark González, Lenis e Vinícius Araújo, que pela primeira vez na temporada atuava junto. Nos primeiros 45 minutos, porém, os quatro não se entenderam como deveriam.
Apesar de ter a maior posse de bola, o Sport jogava com suas linhas espaçadas, com um buraco entre ataque e defesa e lentidão na saída de bola, o que acarretou em um grande volume de passes errados. Principalmente do volante Serginho, que não deveria ser o homem a fazer essa transição. Mas por muitas vezes foi.
Além disso, o próprios jogadores do quarteto atuaram muito afastados um dos outros. Nesse aspecto, Vinícius Araújo era o vértice que mais comprometia a evolução, já que a opção pela sua titularidade era a de dar maior mobilidade e opções de jogadas. Porém, poucas vezes a teoria se transformou em prática.
Para completar, o Sport tinha pela frente um Campinense que mostrou porque é dono da segunda melhor campanha do Nordestão, com 19 pontos, quatro a menos do que o Bahia. Dentro da sua estratégia de jogar compactado na defesa, a espera de uma brecha na defesa rubro-negra, os paraibanos tiveram uma atuação exemplar. Com uma equipe bem postada, mas procurando sair com consciência ao ataque, chegando a assustar nos minutos finais.
Ao Sport, apenas um lance de maior perigo, já aos 44 minutos, quando Lenis recebeu dentro da área uma bola espirrada após passe de Diego Souza e isolou. Na descida para os vestiários, um misto de aplausos e vaias da torcida.
Para o segundo tempo, Falcão não fez nenhuma modificação na equipe, que ao menos voltou com uma maior movimentação entre os quatro homens de ataque. No entanto, ainda sem poder de penetração. Até os 15 minutos, os dois melhores lances haviam sido chutes de fora da área com Gonzalez e Lenis. Por sua vez, o Campinense, aos poucos, aumentava o seu ímpeto ofensivo, explorando cada vez mais os espaços nas costas da defesa.
Só aos 20 minutos, o técnico rubro-negro fez a primeira mudança na equipe, desfazendo o quarteto ofensivo ao colocar o volante Luiz Antônio na vaga de Mark González. Assim, o time voltava a atuar com três volantes, esquema mais utilizado por Falcão na temporada. Dois minutos depois, o goleiro Glédson fez grande defesa em finalização de Rithely. Logo em seguida, foi a vez de Vinícius Araújo dar a vaga para Johnathan Goiano, em mais uma tentativa de dar fôlego ofensivo ao Leão.
Mas quem apareceria para salvar o Sport foi o goleiro Danilo Fernandes. Aos 27 minutos, o camisa 12 impediu o gol dos paraibanos, após grande jogada individual de Pitbull, no meio da exposta defesa rubro-negra. A essa altura, já com os donos da casa sem nenhum domínio em campo e precisando de criatividade, Falcão partiu para a última tentativa ao sacar Lenis para a entrada de Maicon. Teve que escutar os gritos de “burro” da arquibancada. Aos 45 minutos, na base do sufoco, Glédson espalmou para fora uma bomba de Johnathan Goiano, na defesa do jogo. Porém, aos 50 minutos, o arqueiro não pôde fazer nada. Quando a torcida paraibana já comemorava o empate, Durval completou de cabeça para as redes, fazendo explodir a Ilha do Retiro. Enfim, recompensada.
Ficha do jogo
Sport 1
Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Henriquez, Durval e Christianno; Serginho, Rithely, Mark Gonzalez (Luiz Antônio), Diego Souza e Lenis (Maicon); Vinícius Araújo (Jhonathan Goiano). Técnico: Paulo Roberto Falcão
Com a Ilha do Retiro vestida de “La Bombonilha”, o Sport começou a partida como se esperava: procurando sufocar o Campinense. No entanto, para que a pressão fosse efetiva, era preciso saber como funcionaria o quarteto ofensivo formado por Diego Souza, Mark González, Lenis e Vinícius Araújo, que pela primeira vez na temporada atuava junto. Nos primeiros 45 minutos, porém, os quatro não se entenderam como deveriam.
Apesar de ter a maior posse de bola, o Sport jogava com suas linhas espaçadas, com um buraco entre ataque e defesa e lentidão na saída de bola, o que acarretou em um grande volume de passes errados. Principalmente do volante Serginho, que não deveria ser o homem a fazer essa transição. Mas por muitas vezes foi.
Para completar, o Sport tinha pela frente um Campinense que mostrou porque é dono da segunda melhor campanha do Nordestão, com 19 pontos, quatro a menos do que o Bahia. Dentro da sua estratégia de jogar compactado na defesa, a espera de uma brecha na defesa rubro-negra, os paraibanos tiveram uma atuação exemplar. Com uma equipe bem postada, mas procurando sair com consciência ao ataque, chegando a assustar nos minutos finais.
Ao Sport, apenas um lance de maior perigo, já aos 44 minutos, quando Lenis recebeu dentro da área uma bola espirrada após passe de Diego Souza e isolou. Na descida para os vestiários, um misto de aplausos e vaias da torcida.
Para o segundo tempo, Falcão não fez nenhuma modificação na equipe, que ao menos voltou com uma maior movimentação entre os quatro homens de ataque. No entanto, ainda sem poder de penetração. Até os 15 minutos, os dois melhores lances haviam sido chutes de fora da área com Gonzalez e Lenis. Por sua vez, o Campinense, aos poucos, aumentava o seu ímpeto ofensivo, explorando cada vez mais os espaços nas costas da defesa.
Só aos 20 minutos, o técnico rubro-negro fez a primeira mudança na equipe, desfazendo o quarteto ofensivo ao colocar o volante Luiz Antônio na vaga de Mark González. Assim, o time voltava a atuar com três volantes, esquema mais utilizado por Falcão na temporada. Dois minutos depois, o goleiro Glédson fez grande defesa em finalização de Rithely. Logo em seguida, foi a vez de Vinícius Araújo dar a vaga para Johnathan Goiano, em mais uma tentativa de dar fôlego ofensivo ao Leão.
Mas quem apareceria para salvar o Sport foi o goleiro Danilo Fernandes. Aos 27 minutos, o camisa 12 impediu o gol dos paraibanos, após grande jogada individual de Pitbull, no meio da exposta defesa rubro-negra. A essa altura, já com os donos da casa sem nenhum domínio em campo e precisando de criatividade, Falcão partiu para a última tentativa ao sacar Lenis para a entrada de Maicon. Teve que escutar os gritos de “burro” da arquibancada. Aos 45 minutos, na base do sufoco, Glédson espalmou para fora uma bomba de Johnathan Goiano, na defesa do jogo. Porém, aos 50 minutos, o arqueiro não pôde fazer nada. Quando a torcida paraibana já comemorava o empate, Durval completou de cabeça para as redes, fazendo explodir a Ilha do Retiro. Enfim, recompensada.
Ficha do jogo
Sport 1
Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Henriquez, Durval e Christianno; Serginho, Rithely, Mark Gonzalez (Luiz Antônio), Diego Souza e Lenis (Maicon); Vinícius Araújo (Jhonathan Goiano). Técnico: Paulo Roberto Falcão
Campinense 0
Glédson; Fernando Pires, Joécio, Tiago Sala e Danilo; Negretti, Magno, Roger Gaúcho e Felipe Ramon (Jussimar). Raul (Chapinha) e Bruno Correia (Adalgíso Pitbull). Técnico: Francisco Diá.
Local: Ilha do Retiro. Árbitro: José Ricardo Vasconcellos (AL). Assistentes: Rondinelle dos Santos Tavares e Pedro Jorge Santos (Ambos de AL). Cartões amarelos: Bruno Correia ( C), Christianno, Rithely, Durval (S). Publico; 23.390; Renda: R$ 416.850. Gol: Durval (50 min do 2º tempo)