Tropeço
Sport fica só no empate com o Criciúma
postado em 24/06/2011 23:00 / atualizado em 25/06/2011 00:04
Celso Ishigami /Diario de Pernambuco , Lucas Fitipaldi /Diario de Pernambuco
De nada adiantou a troca de comando. Saiu o antigo treinador, ficou a apatia. Na noite desta sexta-feria, o Sport voltou a tropeçar em casa. O empate sem gols com o Criciúma acentua ainda mais a crise instalada na Ilha do Retiro. Após a demissão do técnico Hélio dos Anjos, os jogadores queriam provar que não eram culpados pelos maus resultados do time na Série B. Mas não conseguiram. Antes mesmo de o apito final decretar o 0 a 0, o time ouviu as vaias dos quase 15 mil torcedores.
Pressionados pela necessidade de provar que a culpa da má campanha do Sport na era de Hélio dos Anjos, os rubro-negros entraram em campo nervosos e erraram passes bobos na intermediária. Em um deles, por pouco o Criciúma não chegou ao gol após cruzamento rasteiro pela direita que Bruno Meneghel não conseguiu dominar. Nos dez minutos seguintes, o Leão até conseguiu equilibrar as ações no meio de campo, mas faltava tranquilidade.
Sem conseguir impôr seu jogo, o Sport voltou a sofrer com a ansiedade de seus atletas. A partir dos 25 minutos, o Criciúma passou a valorizar a posse de bola e cresceu na partida, pressionando os rubro-negros em seu campo de defesa. Em boa jogada pela direita, o meia Roni invadiu a grande área e bateu cruzado, forçando Callaça a espalmar para escanteio. As ações ofensivas começavam erradas já na saída de bola. Na cabeça de área, Daniel Paulista e Hamilton abusavam dos passes errados, forçando a equipe a tentar sair pelas laterais. O problema é que Moacir e Saci também não conseguiam produzir, além de cederem muitos espaços na cobertura.
A superioridade do time visitante era tanta, que a melhor chance do Leão veio apenas aos 42. Em um dos poucos momentos de lucidez do ataque do Leão, Daniel Paulista encontrou Bala na grande área, que tocou de primeira para Maylson. O meia bateu forte, de primeira, mas a bola explodiu no goleiro Andrey.
Apesar do mau desempenho, o Sport voltou do vestiário sem qualquer alteração. De acordo com o técnico Mazola, a recomendação foi de que seu time adiantasse a marcação, para evitar a pressão que seu time vinha sofrendo na saída de bola. Logo aos 3 minutos, Daniel Paulista teve boa chance, ao ficar com o rebote da falta cobrada por Saci. No entanto, o volante não conseguiu dominar e acabou sendo travado por Andrey. Atuando mais recuado, Maylson passou a contribuir com eficiência. Aos 10, deu um belo lançamento para Bala, que não conseguiu se livrar do marcador.
Com a nova postura, os laterais tiveram mais liberdade para subir, e o jogo do Sport começou a fluir pelos lados do campo. Em jogada iniciada com Saci, Danielzinho, que acabara de substituir Paulista, entrou na área, mas bateu em cima de Andrey. No rebote, Marcelinho chutou em cima do atacante e a bola se perdeu pela linha de fundo. Após uma sequência de passes ruins, a paciência do torcedor com o meia se esgotou. Substituído por Bruno Mineiro, Marcelinho deixou o campo debaixo de fortes vaias.
Mesmo tendo maior volume de jogo, o Sport não conseguia organizar uma jogada ofensiva. Agora, na armação de jogadas, Carlinhos Bala não produziu absolutamente nada, enquanto Danielzinho e Bruno Mineiro batiam cabeça. Ante do apito final, a torcida repetiu algo que já virou rotina nesta temporada: o coro de vaias. Dessa vez, o treinador foi poupado. “Time sem vergonha!”
Estádio: Ilha do Retiro. Árbitro: Charles Cavalcante Ferreira (AL). Assistentes: Adeilton Guimarães e Rondinelle Tavares. Cartões amarelos: Daniel Paulista, Danielzinho, Tobi (S), Rogélio e Jackson (C). Público: 14.488. Renda: R$ 83.995,00.
Sport
Rodrigo Callaça; Moacir, Tobi, Gabriel e Wellington Saci; Hamilton, Daniel Paulista, Maylson e Marcelinho Paraíba (Bruno Mineiro); Carlinhos Bala e Paulista (Danielzinho). Técnico: Mazola.
Criciúma
Andrey; Toni, Rogélio, Anderson Conceição e Pirão; Henik, Jackson, Aloísio e Roni (Braitner); Schwenck (Diogo Oliveira) e Bruno Meneghel (Valdo). Técnico: Guto Ferreira.