Santa Cruz

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Sem esboçar reação, Santa Cruz perde por 2 a 0 para o Guarani e entra no Z4 da Série B

Em mais uma partida desastrosa, Tricolor perde a 5ª partida seguida

postado em 19/08/2017 18:57 / atualizado em 19/08/2017 19:15

LUCIANO CLAUDINO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
Quando o meia Juninho, do Guarani, cobrou uma falta que foi cabeceada por Ewerton Páscoa, o jogo tinha começado há apenas oito minutos. E naquele momento, o zagueiro fazia 2 a 0 para o time de Campinas, definindo o placar do jogo. O Santa Cruz, atônito, encerrava ali qualquer chance de reação. Tinha pelo menos 82 minutos (fora os acréscimos) para tentar, ao menos, um empate. Mas se deu por vencido. Sofria, assim, a 5ª derrota consecutiva e o 6º jogo sem vencer. E acabou sendo castigado. O Luverdense, que era o 17, empatou em 2 a 2 com o CRB, suficiente para ganhar uma posição, empurrando o Santa Cruz para a zona de rebaixamento, pela primeira vez nesta Série B. O Luverdense, aliás, assim como o Santa Cruz, também começou perdendo por 2 a 0.

Não houve jogo no primeiro tempo. Houve um time que atacava e outro que tentava (mas não conseguia) se defender. O Tricolor, que desde o primeiro minuto estava desorganizado e sem ímpeto, depois de sofrer os dois gols ficou atônito. A primeira chance de gol para os corais aconteceu aos 29 minutos, quando Anderson Salles cobrou uma falta para fora. E só. O Guarani, aproveitando a necessidade que o Santa Cruz tinha de ir para cima, começou a apostar nos contra-ataques. Em um deles, aos 38 minutos, colocou a bola na trave. Assim, o Tricolor terminava o primeiro tempo sem dar um chute em gol.

Aí veio o segundo tempo. E com ele, um Santa Cruz diferente. Longe de ser um grande time. Mas um time que articula, ataca, se defende…tenta. Finalmente, um time de futebol. A mudança ficou clara logo no primeiro minuto, quando o ataque apareceu pela primeira vez. Em uma jogada pela esquerda, a bola sobrou para André Luís. E ele fez algo que nem o incrível consegueria. Quase na linha do gol, talvez assustado pela presença, no chão, do goleiro adversário, ele “isolou”. Chutou por cima do travessão.

Elicarlos, que voltava ao time após passar 50 dias se recuperando de uma lesão, pediu para sair devido a uma “entrada” que ele levou ainda no primeiro tempo. O Santa Cruz até continuou tentando reagir. Aos 13 minutos, Bruno Paulo tabelou com Grafite e chutou, mas o goleiro
defendeu. Só que era pouco pra quem tinha levado dois gols em oito minutos.

Grafite, que fez sua reestreia pela equipe coral, teve uma participação apagada. Em boa parte, porque a bola não chegava até ele. Mas também porque o atacante sentiu a falta de ritmo de jogo, errando passes e tendo dificuldade para dominar a bola. Mas sem opções no banco de reservas, Givanildo Oliveira acabou deixando o camisa 23 até o último minuto.

No fim, com a sensível melhora no segundo tempo, ficou a sensação que, se o time tivesse essa mesma pegada nos 90 minutos, poderia ter empatado o jogo em 0 a 0. Pensar em vencer, com um meio de campo tão sem criatividade e um ataque tão lento, é demais.

FICHA DO JOGO

Guarani 2
Vagner; Lenon, Ewerton Páscoa, Willian Rocha e Gilton; Evandro, Betinho, Juninho e Bruno Nazário; Caíque (Felipe Pará) e Rentería (Bruno Mendes). Técnico: Vadão.

Santa Cruz 0

Júlio Cesar ; Nininho, Anderson Salles, Sandro e Yuri; Elicarlos (João Ananias), Derley, André Luís (Augusto) e Léo Lima (Júlio Sheik); Bruno Paulo e Grafite. Técnico: Givanildo Oliveira.

Local: Brinco de Ouro. Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira. Assistentes: Celso Luiz da Silva (MG) e Ricardo Junio de Souza (MG). Cartões amarelos: Evandro (G); Nininho, Anderson Salles, Derley e Bruno Paulo (S). Gols: Willian Rocha e Ewerton Páscoa. Público: 2.563. Renda: R$ 32.666,00.