A estrutura com quatro atacantes e dois volantes foi a melhor que o técnico Givanildo Oliveira conseguiu armar com as peças à disposição. Tática que exigiu sacrifícios de algumas peças, como Ricardo Bueno. A missão do atacante era atuar mais recuado, funcionando como o principal armador do time. No início, o “sacrifício” foi em vão. O Criciúma começou a mostrar que não esperaria o Santa Cruz atacar. Logo no início, já pressionava, parecia jogar em casa.
Os catarinenses ameaçavam mais. Entretanto, num lance isolado, a aposta de Givanildo deu resultado. Aos 28 minutos, Ricardo Bueno, com extrema categoria, deu um passe por cima da defesa para Yuri, que fazia sua estreia pelo Santa Cruz. O lateral tocou para trás e encontrou André Luis livre. O camisa 97 só empurrou para o fundo das redes. Na comemoração, protagonizou um lance bizarro. Ao tentar ir ao encontro da torcida, bateu na placa de publicidade e caiu de mal jeito. Recebeu atendimento e retornou ao jogo. O gol foi um lance isolado no primeiro tempo. Além dele, o Santa finalizou apenas mais uma vez, com Ricardo Bueno.
O gol foi um lance isolado no primeiro tempo. Além dele, apenas uma finalização do atacante Ricardo Bueno forçou o goleiro Luiz a trabalhar. O Santa Cruz segue sentindo a falta de um meia que possa armar o time - e Givanildo Oliveira não tem opções válidas em campo. Para piorar a situação, os volantes João Ananias e Derley tiveram dificuldades em sair com a bola e os zagueiro Jaime e Bruno Silva buscavam lançamentos longos, buscando jogadores mais ofensivo. Situação rotineira na equipe coral.
Segundo tempo
A prova de que o meio de campo e a zaga não se entendiam veio logo no primeiro ataque do Criciúma na etapa final. Com um minuto de partida, Silvinho recebeu na entrada da área, aproveitou o espaço dado - após Jaime errar a tentativa de desarme -, e só teve que tirar a bola do alcance de Julio Cesar. O clima no Arruda que foi de apoio no fim do primeiro tempo, mudou rapidamente com o gol sofrido.
Todas as vezes que Jaime tocava na bola, a torcida lembrava do erro dele e as vaias ecoavam pelo estádio. Givanildo tentou melhorar o panorama e desfez o esquema montado para a partida ao tirar Pitbull e colocar Primão. Não deu certo e o time seguiu dependendo da velocidade de Bruno Paulo e André Luis para chegar ao ataque. Em um desses avanços, Ricardo Bueno recebeu um passe perfeito de Bruno Paulo dentro da área, mas desperdiçou o que poderia ser o desempate.
O castigo veio aos 30 minutos do segundo tempo, quando Alex Maranhão marcou um golaço de voleio ao complementar um cruzamento perfeito de Erick Flores. Algo que só aconteceu porque Alex Travassos apenas observou o meia decidir para quem cruzar a bola.
A partir do gol da virada, o Santa Cruz viveu um fim de partida agoniante. Vaias e tentativas desesperadas de ao menos empatar a partida foram em vão e afundaram ainda mais o Santa Cruz na tabela da Série B. A entrada no Z4 depende apenas do resultado do Figueirense no próximo sábado. Uma vitória dos catarinenses sobre o Goiás coloca o Tricolor na zona de rebaixamento.
Ficha do jogo
Santa Cruz 1
Julio Cesar; Alex Travassos, Jaime, Bruno Silva e Yuri (Williams Luz, aos 28’ do 2ºT); João Ananias (Julio Sheik, aos 33’ do 2ºT) e Derley; Andre Luis, Bruno Paulo, Ricardo Bueno e Halef Pitbull. Técnico: Givanildo Oliveira.
Criciúma 2
Luiz, Maicon (Nino, aos 34’ do 2ºT), Edson Borges, Diego Giaretta e Márcio Goiano; Barreto, Jocinei (Alex Maranhão, no intervalo) e Ricardinho; Caio, Silvinho e Kalil (Eric Flores, aos 18’ do 2ºT). Técnico: Luiz Carlos Winck
Local: Arruda, no Recife. Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN). Assistentes: Lorival Candido das Flores (RN) e Jean Márcio dos Santos (RN). Gols: André Luis (aos 28’ do 1ºT) (S); Silvinho (aos 1’ do 2ºT) e Alex Maranhão (aos 30’ do 2ºT) (C). Público: 4.308. Renda: R$ 31.920,00.