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Mas esses jogadores não fizeram nada diferente dos antigos titulares. Assim, o Santa Cruz foi o mesmo de sempre. Um time que tem até uma boa postura defensiva, mas que pena bastante na saída de bola, na transição do meio-campo para o ataque e consequentemente no arremate final.
Melhor para o adversário. Não demorou muito para o ABC propor o jogo e ter as melhores chances de abrir o placar. O time potiguar foi quem chegou com mais perigo no primeiro tempo. As melhores chances aconteceram aos 18 e 20 minutos e sempre com o atacante Nando. Na primeira, ele cabeceou e por pouco não encobriu Júlio César. Na segunda, depois de um rápido contra-ataque, chutou fraco e desperdiçou uma boa oportunidade.
Sempre jogando com passes de lado ou recuados, o Santa Cruz pouco chegava ao gol adversário. Quando acontecia eram em chutes de longa distância ou em cobranças de falta. Sempre com Anderson Salles. A melhor delas veio aos 26 minutos, quando o zagueiro fez uma bela cobrança obrigando o goleiro Felipe Guedes se esticar todo para evitar o gol.
Gols
Com pouca criação no meio-campo e produtividade ofensiva, a única maneira do Tricolor abrir o placar seria em uma jogada invididual. E foi isso o que aconteceu. Aos 36 minutos, Roberto, que fez um primeiro tempo sofrível na marcação, arrancou com a bola dominada pelo lado esquerdo, puxou para o meio e arriscou um forte chute da entrada da área. A bola foi rasteira no canto direito de Felipe Guedes. Santa Cruz 1 a 0.
Porém, o torcedor coral não teve muito tempo para comemorar. Dois minutos depois, a bola foi alçada na área tricolor, a defesa parou e Pardal apareceu para cabecear e empatar o jogo. 1 a 1.
A partida ganhou em emoção. E, aos 47 minutos, veio o lance mais polêmico. André Luis fez boa jogada individual, pelo lado esquerdo, e foi derrubado na entrada da área. O árbitro mineiro Cleisson Pereira marcou pênalti para revolta dos jogadores do ABC. Anderson Salles cobrou forte, alto, a bola explodiu no travessão e o Santa desperdiçou a chance do segundo gol.
Apesar dos erros da etapa inicial, o técnico Vinícius Eutrópio não fez nenhuma mudança no time coral. Mas, a bronca no intervalo parece ter surtido efeito. O time voltou com outra pegada e mais velocidade. Tanto que logo aos 2 minutos, Ricardo Bueno perdeu boa chance ao chutar por cima do gol. Aos 4, depois de outra finalização errada de Bueno, André Luis dominou a bola, driblou o marcador e chutou forte para fazer o segundo gol coral.
Novamente em vantagem no placar, o Tricolor teve mais tranquilidade para administrar o jogo. Eutrópio promoveu duas estreias. Bruno Paulo e João Paulo entraram nas vagas de André Luis e Primão, respectivamente. João Paulo, por sinal, perdeu dois gols feitos aos 30 e 37 minutos. No primeiro, dominou a bola e chutou por cima da meta. No segundo, depois de um cruzamento da esquerda, na pequena área, a conclusão foi para fora. O argentino Gino também perdeu uma boa oportunidade, depois de jogada invidivual, aos 35. O chute saiu fraco. Os tricolores ainda marcaram o terceiro gol através de Ricardo Bueno. Mas o árbitro assinalou impedimento. Ao fim, o resultado acabou sendo justo pela produção do time no segundo tempo.
FICHA DO JOGO
SANTA CRUZ 2
Julio Cesar; Gino, Bruno Silva, Anderson Salles e Roberto (Eduardo Britto); Elicarlos, David, Thiago Primão (João Paulo), André Luís (Bruno Paulo) e Everton Santos; Ricardo Bueno. Técnico: Vinícius Eutrópio.
ABC 1
Edson; Bocão (Levy), Léo Fortunato, Cleiton e Eltinho; Jardel, Felipe Guedes e Gegê; Dalberto, Adriano Pardal (Echeverría) e Nando. Técnico: Geninho.
Estádio: Arruda. Árbitro: Cleisson Pereira (MG). Assistentes: Marconi Helbert (MG) e Luiz Antônio Barbosa (MG). Gols: Roberto (36’ do 1T) e André Luis (4’ do 2T) (SCZ); Pardal (38’ do 1T) (ABC). Cartões amarelos: Bocão, Cleiton, Levy e Pardal (ABC). Cartão vermelho: Felipe Guedes (ABC). Público: 4.834 Renda: R$ 41.620,00.