
O tricolor já volta a campo na próxima terça-feira, no Arruda, no clássico contra o Náutico que definirá uma vaga para a fase classificatória para Copa do Nordeste de 2018. Um empate serve aos corais. Pelo Brasileiro, o próximo desafio será no próximo sábado, também em casa, contra o Guarani.
O jogo
O primeiro tempo no Heriberto Hulse lembrou os piores momentos do Santa Cruz na temporada. Um time que apenas se defende e quando tem a posse de bola para atacar não sabe o que fazer. Toca de um lado para o outro até errar o passe ou ser desarmado. Assim, com um poder ofensivo nulo, o goleiro do Criciúma, Édson, sequer deve ter suado em campo.
E o técnico Vinícius Eutrópio teve a chance de tentar corrigir a sua equipe ainda no primeiro tempo, quando um isolado e pouco produtivo Júlio Sheik, substituto do lesionado Halef Pitbull, deixou a partida com uma lesão muscular. O escolhido para entrar em campo foi o meia Thiago Primão. O esquema, porém, não mudou. Com o substituto sendo acionado como falso centroavante, ao invés de reforçar a criação no meio de campo. Assim, os setores do time coral continuaram distantes um do outro, deixando a ofensividade inexistente.
Por outro lado, o sistema defensivo, ponto forte do time na temporada, aguentou o quanto pôde. Desta forma, mesmo tendo quase 70% de posse de bola, o Criciúma tinha dificuldade para entrar na área coral. Ainda assim, obrigou Júlio César a fazer boas defesas e colocou uma bola no travessão, com o zagueiro Diogo Giaretta. De tanto martelar, os donos da casa abriram o placar aos 45 minutos, em um belo chute de fora da área do lateral Diogo Mateus. Gol que serviu como punição ao fraco futebol coral e pôs justiça àquela altura no placar.
Segundo tempo e virada coral
Na volta para a etapa final, as duas equipes mantiveram as escalações. O que não significa que o Santa Cruz foi exatamente o mesmo. Isso porque Vinícius Eutrópio, tentando dar maior criatividade a sua equipe, enfim recuou Thiago Primão para a sua posição de origem. Assim, Thomás passou a jogar um pouco mais adiantado.
E com um time melhor arrumado em campo, veio o gol de empate logo aos seis minutos. Em jogada com Thiago Primão armando e graças a um erro bizarro do volante Douglas Moreira que “furou” e deixou Vítor livre para escolher o canto e mandar para as redes.
Igualdade mantida com sufoco, com os corais salvando em cima da linha quatro vezes. Três delas de forma seguida, aos nove minutos. A outra oportunidade, aos 21, com Anderson Salles, no papel de herói da vez. O Santa ainda perderia Vitor de forma traumática logo na sequência. Em um lance forte, mas sem maldade com o volante Ricardinho, o lateral saiu de campo com uma fratura na tíbia da perna direita.
O tricolor, no entanto, no segundo tempo não era apenas defesa como foi na etapa inicial. E vez ou outra se arriscava no ataque. Assim, André Luís perdeu uma chance clara aos 40 minutos. Oportunidade que William Barbio não deixou passar, segundos depois, chutando cruzado e decretando a virada coral. Estreia com futebol fraco. Mas com pé direito.
Ficha do jogo
Criciúma 1
Édson; Diogo Mateus, Raphael Silva, Diogo Giaretta e Marlon; Douglas Moreira (Alex Maranhão), Ricardinho e Paulinho (Adalgiso Pitbull); Silvinho, Jheimy (Fabinho Alves) e Caio Rangel. Técnico: Deivid.
Santa Cruz 2
Júlio César; Vítor (Nininho), Anderson Salles, Bruno Silva e Roberto; Elicarlos, David e Thomás (William Barbio); Everton Santos, Júlio Sheik (Thiago Primão) e André Luís. Técnico: Vinícius Eutrópio.
Local: Estádio Heriberto Hulse, em Criciúma (SC). Árbitro: oger Goulart (RS). Assistentes: Maurício Coelho Penna e Jorge Bernardi (ambos do RS). Gols: Diogo Mateus (45 min do 1º) e Vítor (6 min do 2º) e William Barbio (40 min do 2º). Cartões amarelos: Raphael Silva, Caio Rangel, Douglas Moreira (C ), André Luís , Júlio César, Elicarlos e David (SC)