Alírio conversou com os atletas na segunda e nesta tarde. Diagnosticou um ambiente bom nos vestiários. Assegurou que casos de descontentamento no grupo são pontuais. "A gente tem procurado conversas francas, abertas, mostrando a situação e não nos pautando nos problemas, mas nas soluções. Ninguém em sã consciência quer ser uma tripulação de um barco que vai naufragar. Poderia ter a insatisfação de um ou outro jogador, mas se conversar com a totalidade do grupo, lideranças, essa insatisfação não é visualizada", garantiu o presidente.
Um destes jogadores chegou a procurar a imprensa para relatar a chateação com o atraso. O vice Constantino Júnior, por sua vez, crê que o aborrecimento possa ser frutos de outras questões para além das financeiras. "Acho que qualquer insatisfação que exista não será de cunho financeiro", opinou.
Hoje, além de março, o Tricolor deve salários a jogadores remanescentes da última temporada. Alírio quer equacionar todos os débitos passados até o fim deste mês. "O que é dívida de 2016 vai ser honrado a partir de abril de 2017. Estamos tentando pagar dentro da pontualidade. Só um mês de atraso é um cenário bastante razoável", projetou o mandatário coral.
Os pagamentos aos atletas remanescentes (os laterais Vitor, Tiago Costa, Roberto, além dos pratas da casa) estão sendo conduzidos, individualmente, pelo Comitê de Gestão do clube, criado em fevereiro deste ano. "Com todos foram feitos acordos", garantiu o diretor de futebol Roberto Freire, também presente à mesa.
Funcionários
Ainda com funcionários como credores, o Santa Cruz planeja quitar o débito com eles também até 30 de abril. "Foi um acordo ajustado perante o Comitê de Gestão. Não está ainda definido, mas pelo tamanho da dívida, devemos fazer o parcelamento em 12 vezes ou mais. Espero também com o avançar do ano, se formos realizando as receitas projetadas, possa até antecipar parcelas", contou Alírio Moraes.