Santa Cruz

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Posição, torcida e rivalidade com irmão gremista: Alex Bolaños projeta vida no Santa Cruz

Em entrevista ao Superesportes, volante elogiou o clube e evitou se estender ao falar sobre a relação regada a apostas e polêmicas com o irmão Miller Bolaños

postado em 26/04/2016 08:23 / atualizado em 26/04/2016 12:02

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Facebook/Aucas45/Reprodução
Alex Bolaños deixa o Equador no próximo domingo rumo a Recife para ser oficializado pelo Santa Cruz. Em contato com a reportagem do Superesportes, o volante comentou sobre as sua saída do Aucas, time da primeira divisão local, para atuar pela primeira vez no Brasil. No Recife. Projetou a sua vida no Tricolor, onde deve permanecer por um ano - de acordo com o contrato que assinará. Ainda previu o reencontro com o irmão Miller Bolanõs, que joga no Grêmio e mantém com ele uma relação conturbada no futebol, regada a apostas e polêmicas.

Em campo, o jogador de 31 anos atua como cabeça de área e tem características mais defensivas. Atuaria numa posição que vem sendo atualmente ocupada por Uillian Correia, mas que, em tese, apenas os pratas da casa Wellington Cézar e Lucas Gomes são originários. A sua chegada, então, daria a oportunidade de Correia jogar um pouco mais na frente. "Sou volante, camisa 5. Ou também posso sair um pouco para o jogo." Alex também poderá ser mais uma peça a exercer um importante de liderança no Santa Cruz e tem chances entrar no rodízio de capitães proposto por Milton Mendes. "Eu era capitão no Aucas", avisou o experiente atleta.

O volante ainda não pôde conversar com o seu novo comandante. Segundo ele, apenas com o vice-presidente de futebol, Constantino Júnior. "Ainda não tive a oportunidade de falar com Milton, mas esta semana farei isso", garantiu. Após ter recebido a proposta do Santa, Alex Bolaños, no entanto, já se tratou de se inteirar do clube. "Sei que tem uma boa torcida, que tem uma grande quantidade de torcedores e um lindo estádio."

Relação conturbada com irmão
Seis anos mais velho que Miller, Alex mantém uma relação, digamos, conturbada com o irmão. Mas só dentro de campo, como já assegurou a mãe da dupla, Leila Reasco. O problema é que, conforme também assumiu a matriarca, essa relação no futebol é baseada em apostas. Ao jornal gaúcho Zero Hora, ela afirmou que os dois filhos estipulavam valores de até 10 mil dólares num jogo. Num deles, chegaram a trocar camisas no intervalo quando atuavam por equipes rivais do Equador. Mas, no segundo tempo, Miller, que defendia pelo Emelec, teve a camisa rasgada e Alex, à época no Barcelona de Guaiaquil, não quis devolvê-lo a que havia pego anteriormente. Miller, então, acabou sendo impedido pela arbitragem de continuar no jogo.

Depois, numa outra partida entre os rivais, o caçula sofreu uma entrada dura do irmão mais velho. A jogada rendeu a expulsão direta de Alex Bolaños, que quase leva à sua dispensa do Barcelona. Quando ambos estavam na LDU, em 2009, as discussões frequentes deles, entretanto, levaram à demissão de Alex. Com Santa e Grêmio tendo dois jogos marcados na Série A do Brasileiro, o cabeça de área coral evitou falar sobre os novos capítulos deste duelo familiar. "Já falei com Miller, mas ainda nada sobre o enfrentamento. Não sei ainda como vai ser", limitou-se.