Santa Cruz

SANTA CRUZ

Santa Cruz joga mal contra o Rio Branco, mas se garante para a próxima fase da Copa do Brasil

Empate sem gols, no Arruda, foi suficiente para o Tricolor, que pode enfrentar o Náutico na segunda fase da competição nacional

postado em 06/04/2016 23:40 / atualizado em 07/04/2016 00:00

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP
Milton Mendes conseguiu a sua segunda classificação em uma semana de clube. Desta vez, contudo, com um empate insosso sem gols e uma atuação abaixo das críticas do Santa Cruz. O mistão coral recebeu o Rio Branco-ES na noite desta quarta-feira, no Arruda, e o resultado bastou para a conquista da vaga na próxima fase da Copa do Brasil (devido à vantagem de 1 a 0 construída no jogo de ida entre as equipes, em Cariacica). Como prêmio, o Tricolor ao menos abocanha R$ 480 mil pela participação na segunda fase do torneio.

Um público pequeno compareceu no estádio, apesar da recente e heroica classificação às semifinais da Copa do Nordeste. Os que foram ao Arruda viram os ditos reservas do Santa demorarem para criar uma chance real de gol. Mesmo com mais posse de bola, o repaginado time tricolor mostrava certo desentrosamento e não era capaz de penetrar na defesa adversária. Mantida no esquema 4-1-4-1, variando para o 4-2-3-1, a equipe de Milton Mendes só conseguiu chutar na barra adversária por meio de faltas nos primeiros 46 minutos. Tiago Costa chutou a primeira delas para fora. Depois, nas duas infrações seguintes, Daniel Costa exigiu defesas do goleiro Walter.

O Santa Cruz não funcionava de jeito nenhum pelo meio. Leadrinho e Daniel Costa jogavam em ritmo ainda mais lento que os outros atletas corais. Pelos lados, Raniel e Léo Moura é quem faziam a transição para o ataque. Ainda assim, sem sucesso e mais na base da individualidade. Menos efetivo ainda era o Rio Branco. Mas o time capixaba poderia até ter aberto o placar não fosse uma furada e um cabeçada por cima de Bruninho, aos 13 e nos acréscimos da etapa inicial, respectivamente.
Ricardo Fernandes/DP


Não demorou para Milton Mendes mexer no time. Aos 35 minutos, Ítalo Borges, que estava no banco de reservas pela primeira vez e não havia estreado pelo clube, acabou sendo acionado pelo treinador. Sem chances desde o começo da temporada com Marcelo Martelotte, o centroavante entrou para atuar numa função totalmente diferente da dele. Fez as vezes de lateral direito no lugar de Everton Sena, até ser substituído por Lelê aos 10 do segundo tempo.

Quase o Rio Branco abriu a contagem com Cleiton no início do segundo tempo. Edson Kölln, porém, evitou o gol dos visitantes, que levaria o confronto para as penalidades máximas O resto da partida, no entanto, ficou numa pegada ainda mais lenta que no primeiro tempo. O jogo foi de doer a vista. Então, as vaias de parte dos torcedores logo apareceram naturalmente. O apito final foi um alívio para quem assitia ao jogo e para os atletas dos dois times, que pareciam querer o mesmo.

Santa Cruz
Edson Kölln; Everton Sena (Ítalo Borges (Lelê)), Alemão, Neris e Tiago Costa; Wellington Cézar, Daniel Costa, Leandrinho, Raniel (Pedrinho Botelho) e Léo Moura; Bruno Moraes. Técnico: Milton Mendes.

Rio Branco-ES
Walter; Alexandre Hans, Santiago e Marco Antônio; Ivan, Ramon, Léo Oliveira, Bruninho (Emerson), Rodriguinho e Murilo (Ramon Alves); Cleiton (Felipe Capixaba). Técnico: Duílio Dias.

Local: Arruda (Recife-PE).
Árbitro: Eduardo Tomaz de Aquino Valadão (GO).
Assistentes: Leone Carvalho Rocha (GO) e Adailton Fernando Menezes (GO).
Cartões amarelos: Ítalo Borges, Léo Moura e Lelê (Santa Cruz); Santiago, Léo Oliveira, Alex Hans e Rodriguinho (Rio Branco)
Público:2.690
Renda: R$ 25.920,00