A primeira finalização do Santa Cruz contra o Salgueiro só aconteceu aos 15 minutos. Do segundo tempo. Um retrato perfeito do que a equipe de Marcelo Martelotte apresentou no Cornélio de Barros. A derrota por 3 a 0 para o Carcará foi pouco para um time que foi apático durante os 90 minutos e que parece não ter alternativas dentro do elenco que façam o time jogar bem quando suas principais peças estão fora de combate. Com isso, a equipe coral segue ameaçada no Campeonato Pernambucano. Ocupa a quarta posição com oito pontos ganhos e pode ser ultrapassado pelo América, que encara o Náutico nesta segunda. Já o Carcará dorme na liderança, com 16 pontos.
O jogo começou morno, mas o Salgueiro procurava as ações ofensivas e Tiago Cardoso fez grande defesa em chute de Rodolfo Potiguar para evitar o que seria o primeiro gol do Carcará aos 11 minutos de partida. O primeiro chute coral ao gol, que foi a chance mais clara do Santa Cruz, poderia ter sido aos 21 minutos, mas Raniel, que ainda não mostrou seu potencial em 2016, preferiu dar mais um drible ao invés de finalizar. Perdeu a bola e mostrou porque o time não levou risco algum ao gol de Mondragon no primeiro tempo.
Faltava ímpeto ofensivo e até coragem para buscar a vitória. Prova de que Grafite, João Paulo e Lelê podem até não estar em suas melhores fases, mas sem eles, o time tricolor perde muito em qualidade ofensiva. O castigo veio à galope e em um lance que causou polêmica. O zagueiro Leonardo tentou tirar uma bola cruzada na área, mas terminou desviando com a mão involuntariamente. Como a orientação é que seja marcada falta em qualquer lance que a bola toque na mão, José Woshington da Silva não teve dúvidas. Marcou pênalti e Rodolfo Potiguar converteu para abrir o placar no Cornélio de Barros.
Uma possível reação por conta do gol sofrido ficou apenas na teoria. O Santa Cruz terminou o primeiro tempo sem finalizar contra o gol de Mondragon e ainda viu o Carcará ampliar o placar aos 47 minutos da primeira etapa. Marcos Tamandaré fez grande jogada e passou para Cássio chutar cruzado dentro da área e colocar 2 a 0 no marcador. No lance, o lateral esquerdo Tiago Costa parou e não acompanhou o camisa 10 que ficou livre para tirar do alcance de Tiago Cardoso.
Etapa final com Carcará dominando
No segundo tempo o Santa Cruz não teve o retorno de Keno. O atacante foi substituído por Bruno Moraes e a esperança de gols foi renovada. Só esqueceram de avisar o Salgueiro, que continuou o atropelo sobre o Tricolor. Aos cinco minutos da etapa complementar, Cassio passou como desejou por Tiago Costa e John fez o gol mais fácil da sua vida e ampliou o placar para 3 a 0.
Sem ter mais o que fazer, Martelotte fez as duas mudanças que restavam com menos de dez minutos do segundo tempo. O único efeito foi que o time finalmente chutou em gol, mas Mondragon só teve trabalho uma única vez em 90 minutos. O resto do jogo só serviu para Sérgio China testar o poder de marcação da sua equipe e até aproveitou para poupar Marlon e Marcos Tamandaré após o terceiro gol. Agora, o Santa Cruz volta suas atenções para a Copa do Brasil, quando enfrenta o Rio Branco na próxima quarta-feira, no Espírito Santo.
Ficha do jogo
Salgueiro 3
Mondragon; Marcos Tamandaré (Toty, aos 13’ do 2ºT), Ranieri, Luiz Eduardo e Marlon (Daniel, aos 15’ do 2ºT); Rodolfo Potiguar (Moreilândia, aos 32’ do 2ºT), Nilson, Jaildo e Cassio; John e Piaui. Técnico: Sérgio China.
Santa Cruz 0
Tiago Cardoso; Everton Sena, Alemão, Leonardo e Tiago Costa; Wellington Cézar, Lucas Gomes, Leandrinho (Marcílio, 9’ do 2ºT), Keno (Bruno Moraes, intervalo) e Raniel (Marcílio, aos 9’ do 2ºT); Arthur. Técnico: Marcelo Martelotte.
Local: Cornélio de Barros (Salgueiro-PE). Árbitro: José Woshington da Silva (PE). Assistentes: Marcelo Castro (PE) e Ricardo Chianca. Gols: Rodolfo Potiguar (aos 31’ do 1ºT), Cassio (47’ do 1ºT) e John (5’ do 2ºT). Cartões amarelos: Marlon e Daniel (SAL); Wellington Cézar e Marcílio (SAN). Cartão vermelho: Bruno Moraes (SAN).Público: 4.292. Renda: 15.970,00