SÉRIE B
Santa Cruz empata em 0 a 0 com o Avaí
Diante da pressão catarinense e apatia coral, resultado pode ser considerado bom
postado em 23/08/2014 18:00 / atualizado em 23/08/2014 18:45
O Avaí dominou o primeiro tempo porque ocupou melhor o meio-campo, teve mais disposição para marcar. Teve a contribuição de uma displicência inexplicável do Santa Cruz. Irritante. Começou no primeiro minuto de jogo, com Renan Fonseca, numa virada de jogo errada. A bola saiu. A cobrança de lateral acabou com Bocão, na linha de fundo, cruzando para a área. Ninguém apareceu para completar.
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Aos 3 minutos, foi a vez de Sandro Manoel perder a bola na intermediária defensiva. O Avaí avançou e ganhou um escanteio no lance. Marquinhos Catarina caprichou no efeito e quase manda direto para o gol de Tiago Cardoso. Danilo Pires também deu a sua contribuição para a lista de vacilos, aos seis minutos - note quantos erros em tão pouco tempo! Perdeu a bola numa saída para o ataque. Viu o Avaí chegar com ainda mais perigo. No lance, Tiago Cardoso deu rebote numa finalização fraca, nos pés de Anderson Lopes. Equivocadamente, foi marcado impedimento do atacante do Avaí.
O Avaí continuou com o domínio do jogo. Houve uma desaceleração natural do time catarinense. O Santa Cruz aproveitou para melhorar mais a marcação. Começou, inclusive, a ensaiar alguns contra-ataques. Quebrados com os erros de passe e com as investidas do Avaí. Até os 15 minutos, mais duas chances. Num cruzamento na área tricolor, Anderson Lopes manda de cabeça, para fora, assustando o goleiro Tiago Cardoso. No outro, Willen cruzou da direita. Atrapalhado pelo sol, Tiago Cardoso desviou para escanteio.
O primeiro ataque
A primeira saída de bola do Santa Cruz que realmente chegou à área do Avaí foi aos 17 minutos Keno arrancou em velocidade e tocou para Carlos Alberto, na esquerda. Léo Gamalho entrava na área e o meia cruzou, mas completamente fora do alcance do atacante - bola passou pela área. Foi o melhor ataque do Santa Cruz. Nos lances seguintes, os tricolores assistiram a uma disputa particular entre Renatinho e Tony pelo pior cruzamento na área do primeiro tempo.
O auge
No minuto 34 do primeiro tempo, Avaí e Santa Cruz tiveram os momentos mais expressivos das suas atuações até então. Cada um ao seu modo. Começou com o tricolor. Carlos Alberto tentou um lance de efeito em mais uma tentativa coral de sair para o ataque. Errou e a bola bateu na sua mão. O Avaí cobrou a falta e o lance acabou com uma defesa de Tiago Cardoso na finalização de Anderson Lopes. No lance seguinte, Everton Sena errou na marcação e a bola sobrou para Eduardo Neto, que chutou por cima. O 0 a 0 era bom para os tricolores
O Avaí voltou do vestiário acelerado, querendo imprimir uma nova pressão sobre o Santa Cruz. Conseguiu, mas bem menos duradora. Em cinco minutos, teve dois escanteios ao seu favor e duas finalizações, de Bocão e Anderson Lopes. A torcida tentou empurrar o time, mas logo os tricolores conseguiram conter a empolgação adversária, também por conta da intervenção de Sérgio Guedes, que colocou Bileu no lugar de Everton, aos 9 minutos. Depois disso, o Santa Cruz até teve duas boas chances no ataque, aproveitando erros dos jogadores do Avaí. Mais uma vez, esbarrou nos erros de passe.
O melhor lance tricolor foi num lance sem perigo. Um erro de arbitragem, na verdade. Aos 26 minutos, Tony tentou passar por Marrone, que esticou o braço, contendo o avanço. Pênalti não marcado. Para piorar, o Avaí voltou a ameaçar de forma perigosa.
Aos 30 minutos, a melhor chance do Avaí. Num lance iniciado com uma roubada de bola de Marquinhos Catarina sobre Danilo Santos. Mais um cochilo na saída de bola, que foi parar nos pés de Roberto, na esquerda. Ele cruzou e Anderson Lopes finalizou, desquilibrado. Tiago Cardoso defendeu. E o camisa 1 coral apareceu de forma decisiva no lance seguinte, num chute de Marquinhos.
FICHA TÉCNICA
Avaí
Vágner; Bocão (Wilker, aos 44’ do 2ºT), Antônio Carlos, Pablo e Marrone; Júlio César, Eduardo Neto, Diego Jardel (Paulo Sérgio, aos 28’ do 2ºT )e Marquinhos Catarina; Anderson Lopes e Willen (Roberto, aos 17’ do 2ºT). Técnico: Geninho
Santa Cruz
Thiago Cardoso; Tony, Éverton Sena, Renan Fonseca e Renatinho; Sandro Manoel, Everton (Bileu, aos 9’ do 2ºT), Danilo Pires e Carlos Alberto (Wescley, aos 28’ do 2ºT); Keno e Léo Gamalho. Técnico: Sérgio Guedes
Estádio: Ressacada (Florianópolis-SC). Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa-MG). Assistentes: Marconi Vieira (MG) e Frederico Soares (MG).
Cartões amarelos: Anderson Lopes e Marquinhos Catarina (A); Bileu (Santa Cruz)