Santa Cruz domina o Ypiranga e se recupera com vitória fora de casa

SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE - Enfim, uma atuação convincente. O Santa Cruz foi bastante aplicado taticamente e se sobressaiu na marcação para vencer o Ypiranga, por 2 a 0, nesta quarta-feira, no Otávio Limeira Alves. O Tricolor construiu o placar no primeiro tempo, apenas administrando no segundo. Em nenhum momento, a equipe coral foi ameaçada pelo adversário.

Um pedido em especial durante o treino tático nesta semana chamou atenção. O técnico Marcelo Martelotte exigiu uma pegada mais forte, no campo do adversário, aproveitando-se das dimensões reduzidas do campo de jogo. Os jogadores seguiram à risca a instrução do treinador. O Santa Cruz adiantou a marcação e impôs dificuldade ao Ypiranga.

O primeiro gol do Tricolor foi um retrato disso. Tanto, que o gol do Tricolor saiu numa bola perdida pelo Ypiranga num aperto da marcação coral. Aos 7 minutos, Natan ficou com a bola e partiu para cima da marcação. Em seguida, serviu para Flávio Caça-Rato, livre, tocar, com tranquilidade, na saída do goleiro Jailson.

O gol no início deu tranquilidade para o Santa Cruz, que por sua vez manteve a pegada. Atrás do placar, o Ypiranga saiu para o jogo, deixando para o Tricolor os contra-ataques. Foi num deles que a equipe coral ampliou o placar. Aos 23, após ataque da Máquina de Costura, a bola foi ligada rapidamente para Dênis Marques, que percorreu metade do campo até chegar frente a frente com o goleiro e tocar para o gol.

Taticamente, o Santa Cruz concentrava suas jogadas pelo meio-campo, com Natan, e pela esquerda, Jefferson Maranhão e Tiago Costa. Pela direita, Éverton Sena, improvisado, não subiu nenhuma vez, apenas protegendo o lado direito da defesa coral. Esperava-se um desempenho melhor de Maranhão, de volta ao time titular, mas ele não conseguiu dar fim a nenhuma jogada.

O jogo ficou mais rápido no segundo tempo, com o Ypiranga partindo para cima de vez e o Santa Cruz tentando encaixar os contra-ataques. Jefferson Maranhão foi deslocado para jogar do lado direito, visto que na esquerda não estava conseguindo render. Por ali ele foi um pouco mais efetivo, porém, ainda era o suficiente. Natan aparecia muito mais do que ele para o jogo.

O segundo tempo foi de adminsitrar o resultado. Com o tempo, a velocidade diminuiu naturalmente, dado o desgaste físico dos jogadores. O Ypiranga não ameaçava e o Santa Cruz já se poupava. Foi só aguardar o apito final do árbitro para que a recuperação coral fosse decretada.

Ficha do jogo

Ypiranga

Jailson; Diogo, Bruno, Hugo e Beto; Jeferson, Dácio, Léo Oliveira (Marcinho) e Torres (Jonatan); Assis (Carlinhos) e Paulo Krauss. Técnico: Edson Miolo

Santa Cruz

Tiago Cardoso; Éverton Sena, Vágner, César e Tiago Costa (Nininho); Anderson Pedra, Luciano Sorriso (Sandro Manoel), Jefferson Maranhão e Natan; Flávio Caça-Rato (Danilo Santos) e Dênis Marques. Técnico: Marcelo Martelotte

Estádio: Otávio Limeira Alves (Santa Cruz do Capibaribe). Árbitro: Ricardo Jorge. Assistentes: Aldir Pereira e Bruno Vieira. Gols: Flávio Caça-Rato e Dênis Marques. Cartões amarelos: César, Flávio Caça-Rato (SC), Paulo Krauss, Dácio (Y). Cartões vermelhos: Beto (Y) e Sandro Manoel (SC). Público: 4.777. Renda: R$ 42.790.