Santa Cruz

Série C

Santa Cruz e Salgueiro empatam no Arruda em jogo sofrível

Placar de 0 a 0 foi "nota" para o duelo desta quinta-feira, pela 11ª rodada

postado em 13/09/2012 22:19 / atualizado em 13/09/2012 23:32

Rodolfo Bourbon /Diario de Pernambuco

Helder Tavares/DP/D.A Press

Santa Cruz e Salgueiro protagonizaram, nesta quinta-feira, uma partida de nível Série C. Faltaram técnica, jogadas de efeito, raça e gol. Sobraram chutões, erros de arbitragem e lances bizarros. Um 0 a 0 de dar “calo nos olhos”. Pela quantidade de gols perdidos, o Carcará mereceu sair com o resultado positivo. No fim da partida, uma vaia ensurdecedora mostrou o quanto a torcida coral perdeu a paciência com o time. Por ironia, o Tricolor teve uma recompensa. O empate alçou a equipe à terceira colocação. Chegou aos mesmos 15 pontos do Paysandu, mas está à frente, por causa do saldo de gols.

O primeiro tempo fez jus ao status de “clássico” do qual Santa Cruz xSalgueiro foi alçado. Até o duelo desta noite, foram cinco partidas nesta temporada, com duas vitórias para cada lado e um empate. O histórico de confrontos em Série C, inclusive, guardava uma coincidência: em três jogos, três empates em 2 a 2. A etapa inicial teve ritmo de equilíbrio. Respeito, marcação, cautela. Poucas (quase nenhuma) chances de gol. Logo aos cinco minutos, Clebson tabelou com Júnior Ferrim e chutou com perigo. Aos 24, em cobrança de falta, Leandro Oliveira obrigou o goleiro Luciano a se esticar todo para defender o arremate.

Foi só. Nenhum outro lance capaz de levantar o torcedor, presente em grande número. Zé Teodoro foi forçado a mudar o esquema da equipe. Lesionado, Maizena saiu para a entrada de Everton Sena. O “Carrapato” colou em Élvis, Memo foi para a lateral direita.

Helder Tavares/DP/D.A Press
Segundo tempo

Na volta do intervalo, Renatinho assumiu a vaga de Leozinho. Mas foi o Carcará quem ameaçou a meta adversária. Aos cinco minutos, por um milagre, o Salgueiro não abriu o placar. Júnior Ferrim cabeceou, Édson Borges tirou em cima da linha. Em seguida, Clebson chutou forte, Fred espalmou. Os corais responderam com Dênis Marques, com um chute de fora da área. Logo de cara, Zé Teodoro queimou a terceira substituição, com Caça-Rato no lugar de Tiago Costa, com Renatinho deslocado para a ala esquerda.

Sem qualquer resquício de lucidez técnica, o duelo seguiu feio, morno, aberto somente a crítícas. O Salgueiro fez a tradicional “cera”. Sem necessidade, pois tinha reais condições de vencer. O árbitro, sem controle da partida e errando para ambos os lados, contribuiu para o espetáculo do grotesco. Ao público coral, restaram as vaias e a torcida para o time se livrar do sufoco.

FICHA TÉCNICA

Santa Cruz (0)
Fred; Maizena (Everton Sena), William Alves, Édson Borges e Tiago Costa (Caça-Rato); Memo, Sandro Manoel, Leandro Oliveira e Leozinho (Renatinho); Paulista e Dênis Marques. Técnico: Zé Teodoro

Salgueiro (0)
Luciano; Marcos Tamandaré, Fernando Belém, Luiz Eduardo e Peri; Dinho, Rodolfo
Potiguar, vítor Caicó e Clebson (Kássio); Élvis (Edmar) e Júnior Ferrim (Marciano). Técnico: Neco

Local: Estádio do Arruda (Recife). Árbitro: Emerson Luiz Sobral (PE). Assistentes: José Wanderlei da Silva (PE) e Clóvis Amaral da Silva (PE). Cartões amarelos: Sandro Manoel (SC); Élvis, Fernando Belém e Rodolfo Potiguar (S). Público: 28.260. Renda: R$ 368,360,00