Arruda
Com dois gols de Dênis Marques no final, Santa Cruz empata com Paysandu
Atacante salvou o time coral da derrota, ao marcar aos 39 e 45
postado em 20/07/2012 21:06 / atualizado em 20/07/2012 22:45
Desde o início da Série C, o técnico Zé Teodoro alerta o time: "Se não vai na técnica, vai na raça, no coração." E, assim, sucedeu-se o duelo da noite desta sexta-feira, no Arruda, com um Paysandu muito mais habilidoso e criativo em campo, mas um Santa Cruz guerreiro. O cronômetro marcava 39 minutos e a partida estava 3 a 1 para o Papão, quando reluziu a estrela de Dênis Marques. Com dois gols do artilheiro coral, o Tricolor chegou a um empate com sabor de vitória. Passado o sufoco, resta à equipe pernambucana aprimorar os inúmeros defeitos para enfrentar o Cuiabá, fora de casa, no próximo domingo. Até porque, não pode ser "time de um homem só".
Os primeiros 15 minutos de jogo seguiram truncados e sem chance clara de gol. Os tricolores esbarraram em uma forte retranca. Três zagueiros, três volantes. À frente, somente o grandalhão Kiros. Quando o duelo parecia não sair do marasmo, as cobranças de escanteio acordaram as torcidas. Aos 18, o zagueiro Fábio Sanches aproveitou a brecha em meio à zaga coral e "testou" para o fundo das redes: 1 a 0 para o Paysandu.
Não deu tempo para a torcida tricolor chiar. Dois minutos depois de sofrer o baque, escanteio batido por Weslley, gol de Fabrício Ceará, o segundo do centroavante nesta Série C: 1 a 1. A cobrança na medida de Weslley foi um dos raros lances de lucidez do meia durante o primeiro tempo. Assim como Luciano Henrique, companheiro de posição, o "maestro" pouco produziu.
Coube a Dênis Marques a tarefa de recuar para criar jogadas. Mas, enquanto o Papão assustou, a exemplo da falta cobrada por Thiago Potiguar, aos 36, faltou finalização para o Tricolor. No último instante da etapa inicial, Édson Borges, dentro da área adversária, clareou para o chute. Mas, sem qualquer cacoete de atacante, o zagueiro deu bobeira e foi desarmado.
Segundo tempo
O Santa Cruz voltou do intervalo com uma alteração. Luciano Henrique já era dúvida para a partida, devido à ausência dos três últimos dias de treino por alegar dores musculares. Apagado em campo, saiu para a entrada do atacante Paulista. O jogo recomeçou movimentado. Aos seis minutos, Fabrício Ceará marcou gol de bicicleta. Mas o árbitro anulou o lance, marcando toque de braço do atleta, ao dominar a bola. Logo em seguida, aos oito, o arisco meia Thiago Potiguar avançou em meio à zaga coral e chutou rasteiro, cruzado. Bobeira da defesa, falha do goleiro Fred: 2 a 1.
Instantes depois do balde de água fria, Dênis Marques quase igualou o placar. Tabelou, chutou cruzado e acertou a trave. A situação complicou para os tricolores quando Régis ganhou corrida contra o lento e displicente Chicão e marcou: 3 a 1. Mas o Santa Cruz tem Dênis Marques. Aos 39, após escanteio, o Predador marcou de cabeça: 3 a 2. Aos 45, de novo ele para aproveitar o bate- rebate na área e empatar: 3 a 3.
FICHA TÉCNICA
Santa Cruz
Fred; Diogo (Jefferson Maranhão), Édson Borges, William Alves e Renatinho; Chicão, Memo, Luciano Henrique (Paulista) e Weslley (Flávio Caça-Rato); Dênis Marques e Fabrício Ceará. Técnico: Zé Teodoro
Paysandu
Paulo Rafael (Dalton); Marcos Vinícius, Fábio Sanches e Thiago Costa; Régis, Fabinho, Vanderson (Neto), Robinho, Thiago Potiguar e Pablo; Kiros (Rafael Oliveira). Técnico: Roberval Davino
Local: Estádio do Arruda (Recife). Árbitro: Pablo dos Santos Alves (ES). Assistentes: Roberto Braatz (PR) e Otávio de Araújo Neto (AL). Gols: Fabrício Ceará e Dênis Marques (2) (SC); Fábio Sanches, Thiago Potiguar e Régis (P). Cartões amarelos: William Alves e Chicão (SC); Thiago Potiguar, Vanderson, Fábio Sanches, Rafael Oliveira, Pablo e Dalton (P). Público: 24.360. Renda: 417.060,00