Arruda
Adeus, Série D! Santa Cruz segura empate com o Treze e está na Terceirona
Tricolor empatou em 0 a 0 com os paraibanos e, de forma dramática, como não poderia ser diferente, conseguiu o acesso depois de três anos de angústia
postado em 16/10/2011 19:01 / atualizado em 16/10/2011 22:52
O jogo
Empurrado pela torcida, o Santa Cruz foi melhor desde os primeiros minutos de jogos. Não terminou o primeiro tempo na frente do placar, por pura falta de capricho dos atacantes. Apesar do amplo domínio coral, o teor bruto da partida ficava por conta do nervosismo de ambos os times. Muitos erros de passe, finalização e até de cobranças de bola parada davam a tônica do jogo. Quandou a ansiedade diminuiu o Mais Querido começou a se soltar em campo e, pouco a pouco, empurrar os paraibados para a defesa. Aos 11 minutos, o primeiro susto no Galo. Weslley cobrou escanteio na cabeça de Leandro Souza, que testou perto do travessão.
O Treze só veio responder dez minutos depois. O veloz Cléo puxou um contra-ataque rápido, driblou Jeovânio e chutou com força, mas sem perigo. A partir daí só deu Santa Cruz. Aos 23, a primeira grande chance do jogo com Natan. O meio-campista invadiu a área, driblou o zagueiro e soltou uma bomba em cima do goleiro. Aos 32, a melhor chance tricolor. Thiago Cunha recebeu lançamento, driblou o marcador e, precipitado, chutou em cima do goleir. O atacante ainda poderia ter avançado mais porque estava sozinho. Errou. Seria a última boa chance do primeiro tempo.
A 45 minutos da glória, o Santa Cruz voltou no mesmo nervosismo apresentado no começo do jogo. Nervosismo que os paraibanos deixaram no vestiário. Mais incisivos no ataque, o Treze partiu para o abafa. Pressão nos corais. A primeira boa chance surgiu logo aos quatro minutos. Chapinha fez a festa na defesa coral e chutou de fora da área. A bola passou no pé da trave direita. A torcida coral chegou a fazer um silência ensurdecedor no estádio. O Galo seguia melhor em campo, porém não conseguia finalizar com eficiência. Aos 11, Celico cruzou e Cléo tentou o chute, mas o goleiro Tiago Cardoso travou na hora.
Bem postado na defesa, o Tricolor não permitia chegadas com perigo do adversário. Sem conseguir agredir o Santa, o Treze, lentamente, começou perder a cabeça. E foi aí que, simutaneamente, o Santa Cruz começou a ganhar o jogo. Sem nem precisar fazer gol. Só no erro do adversário. Aos 24 minutos, Celico deu um pisão em Jeovânio e foi expulso. Aos 32, foi a vez de Roberto dar um chute em Renatinho e receber o segundo amarelo e também ser expulso. Era o caminho aberto para o Tricolor. Aos 40, após escanteio André Oliveira ainda cabeceou na trave. Com dois a mais em campo, bastou administrar. Ao apito do juiz, a explosão de felicidade. Era o adeus à Série D.
Ficha do jogo
Santa Cruz 0
Tiago Cardoso, Weslley (Renatinho), Leandro Souza, André Oliveira e Dutra; Jeovânio, Chicão, Memo e Natan (Everton Sena); Fernando Gaúcho e Thiago Cunha (Bismarck).
Técnico: Zé Teodoro
Treze-PB 0
Lopes; Ferreira, Anderson, André Lima (Vavá) e Celico; Saulo, Fábio Oliveira (Roberto), Cléo e Doda; Chapinha e Warley (Cleiton Cearense).
Técnico: Marcelo Vilar
Local: Estádio do Arruda, no Recife
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Assistentes: Marco Antônio Martins (SC) e Roberto Braatz (Fifa-PR)
Cartões amarelos: Leandro Souza, Dutra e Jeovânio (SC); Fábio Oliveira, André Lima, Chapinha, Roberto, Saulo (T)
Cartões vermelho: Celico e Roberto (T)
Público: 59.966 mil
Renda: R$ 1.010,860