No 1º jogo sem Erick, Náutico falha na defesa, perde pênalti e para Ceará por 1 a 0

Na primeira partida sem o atacante Erick, negociado com o Braga-POR, faltou ao Náutico justamente uma melhor qualidade no setor ofensivo para arrancar ao menos um empate diante do Ceará, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Com direito a pênalti desperdiçado no segundo tempo pelo meia Giovanni, o Timbu acabou derrotado por 1 a 0, dando uma freada na sua reação na Série B. Assim, pode terminar a 22ª rodada de volta à lanterna caso o ABC vença o Vila Nova, neste sábado, em Goiânia.

Agora, Roberto Fernandes terá mais 12 dias para corrigir as falhas da equipe. E encontrar uma forma de jogar sem Erick.  O Náutico só volta a campo no dia 6 de setembro, contra o Brasil-RS, na Arena de Pernambuco.

Após uma finalização de Giovanni, logo aos 18 segundos, e outro lance perigoso com Gilmar, aos três, o Náutico sumiu ofensivamente. Muito porque Diego Miranda passou longe de ser um bom parceiro para Giovanni, errando passes em demasia e não dando uma maior consistência defensiva imaginada por Roberto Fernandes. Assim, com o camisa 10 sobrecarregado e os laterais sem avançar, a dupla de ataque nada fez.

Sem ser incomodado, o Ceará não demorou para dominar as ações, ocupando o campo de defesa pernambucano e tendo paciência para rodar a bola. Porém, o gol dos donos de casa só saiu graças a uma lambança da defesa timbu. Breno Calixto foi facilmente driblado. Em seguida, Jefferson e Ávila não se entenderam dentro da pequena área, deixando a bola livre para Lima apenas escorar para o gol.

Com o gol, o Ceará desacelerou, mas não deixou de ter as rédeas da partida. Tanto que voltou a assustar em duas finalizações de Lelê. A segunda com boa defesa de Jefferson.

Para dar uma maior força ofensiva a sua equipe, Roberto Fernandes voltou para o segundo tempo com Manoel substituindo William Schuster. Com isso, o prata da casa assumiu a lateral esquerda, enquanto Ávila foi adiantado para a ponta esquerda. O Náutico voltou a atuar com três atacantes, sendo Gilmar centralizado.

O camisa nove teve uma chance de ouro para empatar logo aos nove minutos, quando a bola sobrou livre para ele na pequena área. Na finalização, o atacante isolou de forma bisonha.  Porém, era uma prova de que a alteração surtiu efeito. Tanto que dois minutos depois o Náutico teve uma oportunidade melhor ainda de igualar o marcado.

Reabilitando-se do gol perdido, Gilmar ganhou a disputa com o zagueiro Luiz Otávio, após chutão para frente e só foi parado ao ser derrubado dentro da área. No entanto, na cobrança do pênalti, Giovanni bateu rasteiro no canto direito, facilitando a defesa de Everson.

Pouco tempo depois, Roberto Fernandes buscou dar ainda mais poder ao ataque timbu com a entrada de Bruno Mota no lugar de Ávila. A essa altura já melhor em campo, foi a vez de Diego Miranda desperdiçar a terceira boa chance do Náutico em 24 minutos. Também a última. Mas fica a lição. Apesar das limitações técnicas existentes, com apenas 17 pontos ganhos, não cabe mais ao Náutico o manto da precaução. Seja dentro ou fora de casa.

Everson; Tiago Cametá, Rafael Pereira, Luiz Otávio e Romário; Richardson, Ricardinho (Cafu) e Pedro Ken; Lima, Élton (Arthur) e Lelê (Rafael Carioca). Técnico: Marcelo Chamusca.

Jefferson; Joazi, Breno Calixto, Feliphe Gabriel e Ávila (Bruno Mota); Amaral, William Schuster (Manoel), Diego Miranda e Giovanni; Gilmar e Iago (Vinícius). Técnico: Roberto Fernandes.

Local: Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Árbitro: Daniel Nobre Bins (RS). Assistentes: Rafael da Silva Alves e Elio Nepomuceno de Andrade Junior (ambos do RS). Gol: Lima (14 min do 1º tempo). Cartões amarelos: Rafael Pereira, Pedro Ken, Luiz Otávio, Richardson (C ), Giovanni, Amaral (N)