O resultado se não tira o time da lanterna, soma agora 14 pontos, ao menos serve de ânimo combustível extra para o returno, onde os timbus tentarão a ainda difícil salvação. Agora, o time está a nove pontos do primeiro time fora da área de degola, o Santa Cruz, que enfrenta amanhã o Juventude, em Caxias do Sul.
O jogo
E para o seu reencontro com o Náutico, Roberto Fernandes teve que encarar com um problema de última hora, após o goleiro Tiago Cardoso pedir a sua liberação. O imprevisto, no entanto, não mudou o pensamento do treinador que cumpriu o prometido e mandou a campo uma formação ofensiva, tendo o meia Diego Miranda improvisado como lateral esquerdo e apenas o volante Darlan como homem de características mais defensivas no meio.A ousadia fez efeito. Sem tempo (e pontos) a perder, o Náutico começou elétrico a partida e por pouco não abre o placar com um gol relâmpago, aos 18 segundos, com Gilmar desperdiçando dentro da pequena área. No dois minutos seguintes, os alvirrubros finalizaram outras duas vezes.
Porém, com o passar do tempo e o Luverdense ajustando a marcação, as chances de gol rarearam. Apesar do maior domínio dos donos da casa, que tiveram no meia Bruno Mota o seu principal jogador, tanto na articulação ofensiva, quando na recomposição da marcação do meio de campo.
Apesar disso, o esquema “franco atirador” do Náutico, muitas vezes atacando com seis jogadores, não deixava de deixar seus espaços defensivos. Era o risco que o time pernambucano, pela situação na classificação, tinha que correr. Mesmo assim, durante a etapa inicial, o prata da casa Jefferson, substituto de Tiago Cardoso, precisou fazer apenas uma defesa, em chute do atacante Douglas Baggio.
Vitória no segundo tempo
Para a etapa final, Roberto Fernandes optou por diminuir os riscos defensivos, promovendo a estreia do volante William Schuster na vaga do atacante Vinícius. E logo aos cinco minutos o cenário ficou mais favorável para os timbus, após a expulsão do volante Ricardo, do Luverdense.E não demorou muito para o Náutico tirar proveito da superioridade de atletas em campo. Dois minutos depois, Iago desperdiçou a melhor chance da partida, chutando em cima do goleiro Diogo Silva, cara a cara com o camisa 1, após bom passe de Erick.
O cenário era o melhor possível para os alvirrubros, enfim, vencerem a primeira partida em casa. Vitória que começou a se desenhar aos 16 minutos, quando o árbitro Pathrice Wallace Corrêa marcou falta de Aderlan em Iago dentro da área. Pênalti bem batido por Erick: 1 a 0.
Com a vantagem no placar e um a mais em campo, a missão do Náutico era administrar a ansiedade para segurar o resultado. Ao som dos gritos de “eu acredito” da torcida, missão cumprida.
Ficha do jogo
Náutico 1Jefferson; David, Breno Calixto, Feliphe Gabriel e Diego Miranda; Darlan, Bruno Mota (Cal Rodrigues), Erick e Iago Silva (Leilson); Vinícius (William Schuster) e Gilmar. Técnico: Roberto Fernandes.
Luverdense 0
Diogo Silva; Aderlan, Pablo, William e Paulinho; Ricardo, Moacir e Sérgio Mota; Erik (Rafael Ratão), Alfredo (Raphael Macena) e Dougla Baggio (Léo Cereja). Técnico: Júnior Rocha.
Local: Arena de Pernambuco. Árbitro: Pathrice Wallace Corrêa Maia (RJ). Assistentes: Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha (RJ) e Diogo Carvalho Silva (RJ). Gol: Erick (18 min do 2º tempo). Cartão amarelo: Ricardo, Pablo, William, Paulinho e Aderlan (L) , William Schuster, Darlan e David (N). Público: 4.789. Renda: R$ 32.015.