A derrota agrava a situação do Náutico na Série B. Ancorado na lanterna da competição com oito pontos, a 12 da porta de saída da zona de rebaixamento, o Timbu segue como a única equipe que ainda não venceu como mandante nas Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro. Vê o milagre de uma reação para evitar a queda ficar cada vez mais difícil.
O JOGO
Havia a expectativa de um Náutico mais estruturado em campo. Não deu tempo de analisar. Aos três minutos, o time já perdia por 1 a 0. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Silvinho. Na entrada da área, livre de marcação, ele chutou colocado, sem força. A bola desviou em Diego Giaretta e entrou.O gol mexeu, inevitavelmente, no ânimo dos alvirrubros, na estratégia. Tanto que o time só conseguiu chegar ao ataque pela primeria vez aos 18 minutos, em duas finalizações de Léo. Seriam as únicas oportunidades do Alvirrubro no primeiro tempo.
Não do Criciúma, que assustou em alguns lances. O mais incisivo aconteceu aos 41 minutos, com Tiago Cardoso defendendo um chute cruzado de Caio Rangel. A essa altura, a torcida, que mesmo com o gol marcado no início continuou apoiando o time - até por compreender que qualquer pressão extra seria ainda mais prejudicial -, já demonstrava impaciência. Manifestada em vaias quando o árbitro decretou o fim da etapa inicial.
SEGUNDO TEMPO
O Náutico voltou para o segundo tempo irreconhecível. E pela situação do time, isso foi positivo. Talvez tenham sido os melhores seis minutos do time na Série B. Quem sabe, da temporada. Com Bruno Mota na vaga de Jóbson, substituição realizada no intervalo, o Timbu acuou o Criciúma. Com um minuto, Erick ficou cara a cara com o goleiro. Desequilibrado, finalizou em cima do camisa 1 do Tigre.A pressão seguiu, com o Alvirrubro descobrindo espaços na defesa do Criciúma, que tentava se encontrar na base do grito. A blitze alvirrubra teve como ponto alto o gol de empate. Um golaço marcado por Erick. Aos seis minutos, ele aproveitou um cruzamento na área, desviado pela zaga adversária, para emendar uma bicicleta. Sem tanta potência, mas no canto do goleiro Luiz. Detalhe: Erick estava em posição de impedimento quando a bola foi cruzada.
A contagem do melhor momento do Náutico parou nos seis minutos porque, no lance seguinte, o Náutico voltou a ser o Náutico. Aos nove minutos, o Tigre voltou a ficar à frente no placar em mais uma falha de marcação da defesa alvirrubra. Silvinho e Jocilei tabelaram com tranquilidade, diante de três marcadores, para o primeiro entrar na árera e assinalar o segundo gol do Criciúma. Voltaram as vaias.
O Náutico voltou a dominar a partida. Lançou-se ao ataque e teve inúmeras chances de fazer o segundo gol, de empatar novamente a partida. Não conseguiu por méritos do goleiro Luiz, que parou as finalizações de Léo, aos 17 minutos; de Aislan, numa cobrança de falta aos 28; de Erick, aos 33.
FICHA DO JOGO
Náutico 1Tiago Cardoso; Léo (David), Aislan, Phelipe Gabriel e Ávila; Amaral, Jobson (Bruno Mota) e Diego Miranda (Vinícius); Erick, Iago e Gilmar. Técnico: Beto Campos.
Criciúma 2
Luiz; Diogo Mateus, Edson Borges, Nino e Diego Giaretta; Barreto (Erick Flores), Jonatan Lima e Jocinei (Ricardinho); Silvinho (Alisson Farias), Caio Rangel e Lucão. Técnico: Luis Carlos Winck
Estádio: Arena de Pernambuco (São Lourenço da Mata). Árbitro: Jean Pierre Goncalves Lima (RS). Assistentes: Leirson Peng Martins (RS) e Lúcio Beiersdorf Flor (RS). Gols: Erick (6’ do 2ºT); Silvinho (3’ do 1ºT e 9’ do 2ºT). Cartão amarelo: Jobson e Bruno Mota(N). Público: 4.085 torcedores. Renda: R$ 23.110,00.