Com cinco mudanças na equipe em relação à última partida, o técnico Waldemar Lemos finalmente teve um time com um atleta no meio de campo com a função de armar. Giovanni foi escalado no lugar de Rodrigo Souza, que está negociando sua saída do clube e não foi relacionado. Além da entrada do camisa 10, Lemos ainda mudou as duas laterais, que tiveram Joazi e Jeanderson nas vagas de David e Manoel, Renan Paulino, estreando no lugar do suspenso Darlan, e Feliphe Gabriel substituindo Nirley, expulso contra o Internacional.
Antes de notar se as mudanças surtiram efeito, o Náutico se aproveitou de uma falha grotesca do goleiro Richard e abriu o placar. Aos cinco minutos, Vinícius dominou a bola após saída errada do camisa 1 adversário, ganhou a dividida do zagueiro e abriu o placar. O gol poderia indicar uma noite mais tranquila para o Timbu, mas outra vez o time não segurou a liderança que tinha no placar. Três minutos após o gol alvirrubro, os visitantes empataram através de um belíssimo chute de Minho de fora da área.
O ritmo acelerado da partida diminuiu e os times ficaram mais atentos. Ao menos ficou comprovado que o Náutico precisava de Giovanni no meio de campo. Foi através do camisa 10 que bons passes começaram a sair e o Timbu se mostrou bem mais organizado. O Náutico mostrou melhora nas investidas ofensivas e nem parecia o time que teve apenas três chances diante do Internacional.
Sentindo a equipe melhor, Waldemar Lemos apostou na entrada de Iago no intervalo. Buscou mais velocidade no ataque. Mas não foi com o novato que o Náutico pressionou logo no início da segunda etapa. Foi com Erick, que fez boa jogada e foi derrubado na área. O árbitro Marcelo Aparecido de Souza, de forma errada, mandou o lance seguir e achou que se tratava de simulação do atacante, algo que não é novidade já que ele tem mania de se jogar em qualquer lance que toquem nele.
Para manter o ritmo, Waldemar tirou Giovanni, que estava visivelmente cansado, e colocou Esquerdinha na equipe. A velocidade cresceu na parte ofensiva, mas os passes não foram trocados do mesmo modo. O Timbu se tornou um time afobado e que segue frágil na parte defensiva. Em uma sequência de três ataques do Paraná, Tiago Cardoso não sofreu o gol porque os visitantes não tinham competência para marcar.
A falta de produção foi deixando a torcida alvirrubra impaciente e os gritos contra o técnico Waldemar Lemos ganharam intensidade quando ele decidiu tirar Vinícius e colocar Alison, atleta que nunca rendeu o esperado com a camisa alvirrubra. Com as mudanças, o time ficou ainda mais dependente do brilho de Erick. O jovem atacante de 19 anos fez de tudo ao seu alcance e teve a melhor chance do segundo tempo ao entrar na área, driblar Richard, mas permitir que o goleiro adversário se recuperasse e evitasse o gol.
Os erros alvirrubros não passaram impunes e o Paraná também criou chances. A que levou mais perigo foi uma cabeçada de Wallace após cobrança de falta. A bola explodiu na trave e quase desempatou o jogo. Porém, aos 45 minutos, Robson recebeu livre dentro da área após contra-ataque em velocidade e virou o jogo. A partir do gol dos visitantes, a torcida se virou para os camarotes e protestou contra a direção que assistia à partida.
Agora, o Náutico se prepara para visitar o Boa Esporte no próximo sábado, em Minas Gerais.
Ficha do jogo
NáuticoTiago Cardoso; Joazi, Aislan, Feliphe Gabriel e Jeanderson; Amaral, Renan Paulino e Giovanni (Esquerdinha); Erick, Gerônimo (Iago) e Vinícius (Alison). Técnico: Waldemar Lemos.
Paraná
Richard; Cristovam, Wallace, Eduardo Brock e Assis; Leandro Vilela (Jhony), Gabriel Dias, Minho e Guilherme Biteco (Matheus Carvalho); Robson e Felipe Alves. Técnico: Cristian de Souza.
Estádio: Arena de Pernambuco, em São Lourenço
Árbitro: Marcelo Aparecido R de Souza (SP)
Assistentes: Anderson José de Moraes Coelho (SP) e Fábio Rogério Baesteiro (SP)
Gols: Vinícius (aos 5’ do 1ºT) (N); Minho (aos 8’ do 1ºT) e Robson (aos 45’ do 2T) (P)
Cartões Amarelos: Jeanderson e Erick (N); Leandro Vilela (P)
Público: 1.700
Renda: 11.290,00