Com times completamente novos para a temporada, Náutico e Santa Cruz sofreram com o entrosamento e a falta de organização em campo no primeiro tempo. Com isso, o que se viu foi um futebol pobre das duas equipes, com muita marcação, passes errados e pouca criatividade ofensiva. Principalmente por parte dos corais, que pareciam não saber o que fazer quando tinham a posse de bola. Já o Timbu, apresentava um posicionamento um pouco melhor em campo. Mas nada que justificasse uma vantagem no marcador.
Tanto que as duas únicas oportunidades de gol para cada time vieram em chutes de fora da área. O primeiro, com Dudu, pelo Náutico, aos oito minutos, mandando rasteiro para fora. O Santa só respondeu aos 32 minutos, obrigando Tiago Cardoso a fazer uma boa defesa.
Com o 0 a 0 sendo nota, o lance principal da primeira etapa veio aos 38 minutos, quando o atacante coral André Luis deixou o braço no rosto do Dudu, que revidou com um chute por baixo. O zagueiro Jaime tomou as dores e partiu para cima do alvirrubro. Ambos acabaram expulsos, enquanto André Luis, causador da confusão, seguiu no clássico.
Para recompor seu sistema defensivo, o técnico Vinícius Eutrópio sacou o meia Thiago Primão para a entrada do zagueiro Anderson Salles. Já o Náutico, sem Dudu, perdeu seu principal articulador no meio de campo.
Segundo tempo
Na volta para a etapa final, os dois treinadores não fizeram nenhuma substituição. A ordem era organizar as equipes em campo com os jogadores que terminaram o primeiro tempo. Com mais espaço em campo, as duas equipes, enfim, conseguiram criar um pouco mais.O Náutico, aproveitando as pontas, em chutes de Giva e Joazi, enquanto o Santa, mais recuado e explorando os contra-ataques, teve uma boa chance com Léo Costa finalizando sem marcação da entrada da área, para fora. Aos 20 minutos, André Luís, mesmo sendo puxado dentro da área, finalizou para defesa de Tiago Cardoso. Pênalti não marcado a favor dos tricolores.
Os dois lances deram maior confiança ao time do Santa, que passou a ter mais posse de bola e começou a propor mais o jogo ofensivo, em seu melhor momento no clássico. Porém, assim como já havia ocorrido com o Náutico no primeiro tempo, nada que justificasse uma superioridade no placar.
E quando o clássico já se desenhava para um empate sem gols, enfim as emoções apareceram. Aos 44 minutos, Anselmo fez valer seu faro de artilheiro, abrindo o placar para os alvirrubros, após dominar com categoria dentro da área e chutar sem defesa para Júlio César. Vitória timbu? Ainda não. Aos 49, Léo Costa bateu falta rasteira, no canto direito de Tiago Cardoso, empatando o duelo. Empate justo.
Ficha do jogo
Náutico 1
Tiago Cardoso, Joazi, Tiago Alves, Ewerton Páscoa e Manoel; João Ananias, Rodrigo Souza (Maylson) e Dudu; Alison (Anselmo) Giva (Erick) e Jefferson Nem. Técnico: Dado Cavalcanti.
Santa Cruz 0
Júlio César; Vítor, Bruno Silva, Jaime e Eduardo; Elicarlos, David, Léo Costa, Thiago Primão (Anderson Salles), Léo Costa e Éverton Santos (Thomás); André Luís (William Barbio). Técnico: Vinícius Eutrópio.
Local: Arena Pernambuco. Árbitro: Péricles Bassols. Assistentes: Clóvis Amaral e Fabrício Leite. Gols: Anselmo (aos 44 min do 2º) e Léo Costa (49 min do 2º). Cartões amarelos: Ewerton Páscoa, Maylson, Giva, Joazi (N), David, Eduardo (SC). Expulsões: Jaime (SC) e Dudu (N). Público: 4.620. Renda: R$ 75.615.