O sonho do retorno à Série A ficou mais distante do Náutico. Diante do Avaí, concorrente direto na briga pelo acesso, amargou uma pesada derrota por 3 a 0 neste sábado. O desempenho do Alvirrubro foi aquém do esperado para um jogo decisivo. Igualmente ruim foi a atuação da arbitragem, protagonista de erros nos lances dos dois primeiros gols do time catarinense, na Ressacada. A duas rodadas do fim da Segundona, uma profunda ferida foi aberta no Timbu, que necessita logo cicatrizá-la nas derradeiras partidas contra Tupi e Oeste. Os comandados do técnico Givanildo Oliveira, que seguem na quinta colocação, precisam agora contar também com tropeços de equipes mais bem posicionadas, pois não dependem mais só de seus esforços para terminarem a competição no G4.
Num duelo de tamanha importância para as ambições de Avaí e Náutico, a postura inicial de ambas as equipes foi de cautela para atacar e de precaução excessiva para defender. Como consequência, quase não houve chances reais de gol no primeiro tempo. A não ser por meio de bola paradas. Aos 19, o Timbu, levemente superior no confronto, teve a oportunidade de inaugurar o placar após uma falta batida por Vinícius, mas defendida pelo goleiro Renan.
Passados cinco minutos, porém, o Avaí não desperdiçou a cobrança de falta que teve. Infração, aliás, que não deveria ter sido marcada pela arbitragem, já que o zagueiro Igor Rabello acertou a bola ao dar um carrinho próximo à grande área. Marquinhos não quis saber. Viu a barreira pernambucana mal posicionada e acertou o ângulo de Júlio César: 1 a 0. Posteriormente, ele carimbou o travessão em mais uma cobrança. O potencial do meia avaiano no fundamento, inclusive, havia sido alertado entre os alvirrubros durante a semana.
Pouco tempo depois, o árbitro Diego Almeida Real voltou a ficar em evidência. O mesmo Igor Rabello cometeu pênalti em cima de Rômulo, já nos acréscimos. Outro lance polêmico na partida. Marquinhos ampliou a vantagem e fez o seu segundo. Ao término da etapa inicial, os jogadores do Timbu não se furtaram de reclamar do juiz. “Jogo decisivo tinha que colocar um árbitro mais firme. Todo mundo é trabalhador e vem um e prejudica o Náutico”, bradou Vinícius antes de descer aos vestiários.
Se já era difícil para a equipe de Givanildo atacar no primeiro tempo, a tarefa se tornou ainda mais complicada no segundo. O Avaí se retraiu, chamou o Náutico para o seu campo e aproveitou o primeiro contra-ataque que criou. Bem cedo. Aos seis minutos, João Filipe serviu Rômulo. Livre, o atacante só precisou colocar a bola para o fundo das redes. A vitória catarinense estava decretada. Abatidos com a desvantagem no placar e ainda com a atuação da arbitragem, uma reação era improvável. Tornou-se impossível quando Maylson, que entrou após o intervalo, perdeu a cabeça, deu um carrinho imprudente e acabou sendo expulso de campo.
Avaí
Renan; Alemão, Fábio Sanches, Betão e Capa; Luan, João Filipe (Judson), Renato, Diego Jardel e Marquinhos (João Paulo); Rômulo (Vitor). Técnico: Claudinei Oliveira.
Náutico
Júlio César; Joazi, Rafael Pereira, Igor Rabello e Gaston; João Ananias, Rodrigo Souza (Maylson), Marco Antônio (Tiago Adan) e Vinícius; Rony e Bergson (Negretti). Técnico Givanildo Oliveira.
Estádio: Ressacada, Florianópolis (SC). Árbitro: Diego Almeida Real (RS). Assistentes: José Eduardo Calza (RS) e Alexandre Kleiniche (RS). Gols: Marquinhos (24’ e 47’ do 1T, Avaí), Rômulo (6’ do 2T, Avaí). Cartões amarelos: Vitor (Avaí); Igor Rabello, Gastón (Náutico). Cartão vermelho: Maylson (Náutico). Público: 13.395.
NÁUTICO
Em jogo com erros de arbitragem, Náutico perde do Avaí por 3 a 0 e vê acesso mais longe
No estádio da Ressacada, Timbu pouco produziu na partida, mas sofreu dois gols de bola parada que foram originados de lances polêmicos
postado em 12/11/2016 18:27 / atualizado em 12/11/2016 19:50