
Saiba mais
Num duelo de tamanha importância para as ambições de Avaí e Náutico, a postura inicial de ambas as equipes foi de cautela para atacar e de precaução excessiva para defender. Como consequência, quase não houve chances reais de gol no primeiro tempo. A não ser por meio de bola paradas. Aos 19, o Timbu, levemente superior no confronto, teve a oportunidade de inaugurar o placar após uma falta batida por Vinícius, mas defendida pelo goleiro Renan.
Passados cinco minutos, porém, o Avaí não desperdiçou a cobrança de falta que teve. Infração, aliás, que não deveria ter sido marcada pela arbitragem, já que o zagueiro Igor Rabello acertou a bola ao dar um carrinho próximo à grande área. Marquinhos não quis saber. Viu a barreira pernambucana mal posicionada e acertou o ângulo de Júlio César: 1 a 0. Posteriormente, ele carimbou o travessão em mais uma cobrança. O potencial do meia avaiano no fundamento, inclusive, havia sido alertado entre os alvirrubros durante a semana.
Pouco tempo depois, o árbitro Diego Almeida Real voltou a ficar em evidência. O mesmo Igor Rabello cometeu pênalti em cima de Rômulo, já nos acréscimos. Outro lance polêmico na partida. Marquinhos ampliou a vantagem e fez o seu segundo. Ao término da etapa inicial, os jogadores do Timbu não se furtaram de reclamar do juiz. “Jogo decisivo tinha que colocar um árbitro mais firme. Todo mundo é trabalhador e vem um e prejudica o Náutico”, bradou Vinícius antes de descer aos vestiários.
Se já era difícil para a equipe de Givanildo atacar no primeiro tempo, a tarefa se tornou ainda mais complicada no segundo. O Avaí se retraiu, chamou o Náutico para o seu campo e aproveitou o primeiro contra-ataque que criou. Bem cedo. Aos seis minutos, João Filipe serviu Rômulo. Livre, o atacante só precisou colocar a bola para o fundo das redes. A vitória catarinense estava decretada. Abatidos com a desvantagem no placar e ainda com a atuação da arbitragem, uma reação era improvável. Tornou-se impossível quando Maylson, que entrou após o intervalo, perdeu a cabeça, deu um carrinho imprudente e acabou sendo expulso de campo.
Avaí
Renan; Alemão, Fábio Sanches, Betão e Capa; Luan, João Filipe (Judson), Renato, Diego Jardel e Marquinhos (João Paulo); Rômulo (Vitor). Técnico: Claudinei Oliveira.
Náutico
Júlio César; Joazi, Rafael Pereira, Igor Rabello e Gaston; João Ananias, Rodrigo Souza (Maylson), Marco Antônio (Tiago Adan) e Vinícius; Rony e Bergson (Negretti). Técnico Givanildo Oliveira.
Estádio: Ressacada, Florianópolis (SC). Árbitro: Diego Almeida Real (RS). Assistentes: José Eduardo Calza (RS) e Alexandre Kleiniche (RS). Gols: Marquinhos (24’ e 47’ do 1T, Avaí), Rômulo (6’ do 2T, Avaí). Cartões amarelos: Vitor (Avaí); Igor Rabello, Gastón (Náutico). Cartão vermelho: Maylson (Náutico). Público: 13.395.