O resultado positivo em São Lourenço foi ainda mais importante porque a rodada foi quase perfeita. Avaí e Vasco, equipes que estavam à frente do Alvirrubro na tabela, não venceram e para que o acesso seja possível, basta que a equipe do técnico Givanildo Oliveira vença os três jogos restantes já que enfrenta os catarinenses na próxima rodada.
Começar a partida contra o Goiás sabendo que o time só dependia das suas forças para conseguir o acesso parece ter mexido com o elenco do Náutico. Uma história bem parecida com a última partida na Arena de Pernambuco, quando os alvirrubros venceram o Atlético-GO. A diferença é que desta vez o comportamento foi diferente. O nervosismo atrapalhou o Náutico como nunca antes desde que Givanildo Oliveira assumiu o time. A falta de concentração era clara.
Antes mesmo de chegar ao gol do goleiro Márcio com real perigo, veio o primeiro susto. Carlos Eduardo chutou da entrada da área com perigo e Júlio César evitou que o placar fosse aberto na Arena de Pernambuco. A resposta do Náutico não foi de forma imediata. Demorou até demais. Os erros de passe e contra-ataques mal criados mataram as chances do Timbu sair na frente. O nervosismo ficou mais claro quando Gaston e Rafael Pereira cometeram faltas duras em lances desnecessários.
O único lance de perigo do Alvirrubro foi no final da segunda etapa, quando Vinícius finalizou com força, Márcio defendeu e Bergson não aproveitou o rebote. Ainda antes do apito final da primeira etapa, novo susto através de Carlos Eduardo, que novamente não conseguiu finalizar como deveria e Júlio César evitou mais uma vez a abertura do placar.
O segundo tempo não foi diferente. O Náutico seguiu sem força ofensiva e a situação se complicou com a saída de Marco Antônio antes dos dez minutos de partida. O técnico Givanildo Oliveira decidiu colocar Tiago Adan e mudou a forma do time jogar. Vinícius era o único homem armando as jogadas da equipe e apostou na entrada do centroavante. Não deu certo. O time seguiu desorganizado e o Náutico foi apenas transpiração até o fim da partida.
Aos 23 minutos, Givanildo Oliveira fez a sua segunda substituição. Colocou Maylson na partida. Seu primeiro jogo após mais de dois meses. Antes de entrar ele abriu os braços e parecia pedir algo aos céus. Foi atendido e bem rapidamente. Aos 27 minutos, Maylson recebeu a bola na entrada da área, passou por dois e finalizou no canto direito de Márcio. Comemoração efusiva e lágrimas no rosto de quem quase ficou fora da temporada após a lesão no joelho.
Até o fim da partida o que se viu foi um massacre ofensivo do Goiás. Em dois lances, um com Walter e outro Léo Gamalho, Júlio César teve trabalho e se não fosse o seu reflexo e o travessão, o empate teria saído. A sorte do Timbu é que faltou competência aos visitantes e os três pontos foram garantidos.
Ficha do Jogo
Náutico
Júlio César; Joazi, Rafael Pereira, Igor Rabello e Gaston; João Ananias, Rodrigo Souza (Maylson, aos 23’ do 2ºT), Marco Antônio (Tiago Adan, aos 9’ do 2ºT) e Vinícius; Rony e Bergson (Negretti, aos 35’ do 2ºT). Técnico: Givanildo Oliveira.
Goiás
Márcio; Sueliton, Alex Alves (Léo Gamalho, aos 29’ do 2ºT), Felipe Macedo, David Duarte e Juninho; Adriano, Rossi (Murilo, aos 21’ do 2ºT), Carlos Eduardo (Patric, aos 25’ do 2ºT), Léo Sena e Walter. Técnico: Gilson Kleina.
Data: 8/11/16
Estádio: Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata
Árbitro: Alisson Sidnei Furtado
Assistentes: Fabio Pereira e Natal da Silva Ramos Junior (ambos de TO)
Gol: Maylson (aos 27’ do 2ºT)
Cartões amarelos: Gaston, Rony e Rodrigo Souza (NAU); Rossi (GOI)
Público: 8.991
Renda: R$147.730