NÁUTICO
Em jogo com temperatura de 8 graus, Náutico não sai do 0 a 0 com Brasil-RS e deixa o G4
Timbu chega ao terceiro jogo sem vitória, seu maior jejum nesta Série B
postado em 21/06/2016 23:25 / atualizado em 22/06/2016 00:33
Sob um frio de oito graus, Brasil de Pelotas e Náutico fizeram um jogo gélido em emoções nesta terça-feira, no estádio Centenário, em Caxias do Sul. Congelado até no placar, que não saiu do 0 a 0. Com o resultado, o alvirrubro chega ao terceiro jogo seguido sem vitória, o seu maior jejum nesta Série B, e sai da zona de acesso à Série A, caindo para a 6ª colocação, com 18 pontos. Porém, pelo futebol apresentado, o empate saiu de bom tamanho. No próximo sábado, na quente Fortaleza, o Timbu tem um confronto direito pelo G4, contra o Ceará, no Castelão.
Para a partida, o técnico timbu Alexandre Gallo resolveu fazer cinco modificações com relação ao time que entrou em campo no empate com o Bragantino, na rodada passada. Uma prova de que, mesmo reclamando do gramado do Arruda, o futebol apresentado pelo Náutico na ocasião não agradou. Dessas, apenas duas foram obrigatórias, com o volante Rodrigo Souza herdando a vaga de Maylson, lesionado, e Tiago Adan entrando no ataque na vaga de Bergson, suspenso.
As demais alterações foram técnicas, com Joazi voltando à lateral direita, deslocando assim Rafael Pereira para a zaga e Henrique ganhando mais uma chance na lateral esquerda, no posto de Mateus Muller. Nesse caso, para reforçar o poder de marcação. Porém, a alteração mais significativa e surpreendente foi a opção por Caíque Valdívia no meio de campo, mandando Renan Oliveira para o banco. Mudança que não deu resultado,
Isso porque a velocidade esperada para puxar os contra-ataques não ocorreu, Simplesmente porque Valdívia foi peça nula em campo. Com isso, o Náutico também perdeu qualidade no passe e na criação, muitas vezes abusando de ligações direta entre defesa e ataque. Como do outro lado, o Brasil também apresentava problemas ofensivos o que se viu foi um primeiro tempo fraco modorrento e fraco em oportunidades. Vale destacar que os gaúchos praticamente não tiveram apoio da torcida. Isso porque a partida teve que ser transferida para Caxias do Sul, a 370 quilômetros de Pelotas, devido a reformas no estádio Bento Freitas.
A melhor entre as raras chances de gol foi a favor dos alvirrubros. Aos 24 minutos, após o lateral Wender “furar” após chutão de Júlio César, a bola sobrou limpa para Rony, que de frente para o goleiro Eduardo Martini, não teve competência para tirar o zero do placar.
Apesar do fraco primeiro tempo, as duas equipes voltaram a campo sem alterações para a etapa final. Sendo assim, como futebol não é mágica, o cenário continuou o mesmo. Com o Brasil, apesar da maior posse de bola, tendo dificuldade para romper a defesa do Náutico, enquanto os timbus, se limitavam a marcar e dar chutões. Em resumo, o jogo seguia feio.
Aos 16 minutos, enfim Gallo parece também ter se incomodado com isso e fez o óbvio, ao sacar o sumido Caíque Valdívia para a entrada de Renan Oliveira. A alteração deu maior posse de bola aos alvirrubros, que passaram a trocar mais passes e chegar de forma mais organizada a frente. Porém, não o suficiente para aumentar o volume de chances de gol. A exceção de uma cabeçada de Tiago Adan e um chute do próprio Renan Oliveira, nenhum outro lance foi digno de registro. Do lado do Brasil, Júlio César seria exigido apenas uma vez. empate justo. Placar também.
Ficha do jogo
Brasil-RS 0
Eduardo Martini; Wender (Weldinho), Leandro Camilo, Teco e Marlon; Leandro Leite, Washington e Diogo Oliveira (Clébson); Felipe Garcia, Ramon e Marcos Paraná (Nathan Cachorrão). Técnico: Rogério Zimmermann
Náutico 0
Júlio César, Joazi, Rafael Pereira, Eduardo, Henrique; Gaston, Rodrigo Souza (Gustavo Henrique) e Caique Valdívia (Renan Oliveira), Jefferson Nem, Rony (Léo Pereira) e Tiago Adan. Técnico: Alexandre Gallo
Local: Estádio Centenário, em Caxias do Sul. Árbitro: Alinor Silva da Paixão (MT). Assistentes: Marcelo Granado e Jackson Timóteo Lopes (MT). Cartões amarelos: Marcos Paraná (B), Tiago Adan, Eduardo, Gustavo Henrique, Gaston (N)