Náutico

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Jogando mal, Náutico empata com o Bragantino no Arruda, mas segue no G4 da Série B

Somente de pênalti e nos acréscimos é que o Timbu chegou à igualdade

Nando Chiapetta/DP
Aquele Náutico avassalador jogando em seus domínios, que em quatro jogos havia marcado 15 gols e vinha com 100% de aproveitamento, passou longe do Arruda na tarde deste sábado no confronto com o Bragantino. Na casa emprestada pelo rival, o Timbu não foi capaz de repetir as boas atuações anteriores como mandante. A equipe alvirrubra não conseguiu impor seu ritmo de jogo e não encontrou alternativas táticas para superar um limitado time do Bragantino. Em sua pior partida nesta Série B, o Náutico precisou de um pênalti nos acréscimos para ficar no 1 a 1 com os paulistas. Apesar dos pesares, o Alvirrubro segue invicto em casa e no G4 da Série B do Campeonato Brasileiro.

O técnico Alexandre Gallo havia comentado, na véspera da partida, que a mudança de local do jogo poderia prejudicar seu time, por conta da diferença do gramado. O preocupação do treinador alvirrubro residia, principalmente, no aspecto técnico. Seu time joga em transições ofensivas rápidas, apostando na velocidade na condução da bola. Algo que em raros momentos se viu nos 45 minutos iniciais.

Embora tivesse maior posse de bola e enfrentasse um Bragantino inofensivo - que pouco ou nada criava tanto a nível coletivo, quanto individual -, o Náutico tinha dificuldade de impor seu ritmo de jogo. Sem conseguir encaixar os contragolpes em velocidade, a equipe alvirrubra não encontrava uma alternativa tática para chegar ao gol defendido por Felipe.

Não por acaso, o lance mais perigoso de toda a primeira etapa foi mesmo do time paulista. Graças a uma falha de Mateus Muller. Aos 17 minutos, o lateral esquerdo e desconcentrou, deixou que Watson ganhasse na velocidade e roubasse uma bola que parecia se encaminhar para a linha de fundo. O atacante do Bragantino driblou Julio Cesar e só não fez o gol porque Eduardo fez um corte providencial.

Somente em duas ocasiões o Náutico fez levantar sua torcida no Arruda. E ambas não foram em jogadas coletivas construídas pelos alvirrubros. Aos 30 minutos, Renan Oliveira levou perigo em cobrança de escanteio que cruzou por toda extensão do gol, sem que nenhum timb escorasse a bola para o fundo das redes. Já aos 43, Gastón aproveitou a desatenção da defesa, roubou a bola, que sobrou para Nem. O artilheiro alvirrubro arriscou de fora e quase marcou um belo gol. Mas ficou por isso mesmo, naquele que foi o pior primeiro tempo do Náutico até então na Série B.

Mudanças não surtiram efeito
Não foram apenas os torcedores que não gostaram do primeiro tempo do Timbu - a equipe deixou o campo sob vaias. O técnico Alexandre Gallo também não ficou agradado com a apatia do seu time na etapa inicial e voltou para o segundo tempo logo com duas modificações. Mateus Muller, que jogou muito mal, deu lugar a Rodrigo Souza, fazendo com que Gastón fosse para a lateral esquerda. Na frente, Tiago Adan entrou no lugar do apagado Renan Oliveira, com Jefferson Nem ocupando o centro do meio de campo e Bergon abrindo na ponta esquerda.

Apesar das mudanças do Náutico, foi o Bragantino que voltou mais aceso ao jogo. Chegando com facilidade à linha de fundo logo nos minutos iniciais. Com um  minuto, após vacilo da defesa alvirrubra, o Bragantino quase abriu o placar. Na sequência, a equipe paulista chegou mais uma vez pelos lados do campo e cruzou com perigo, com a bola atravessando toda a área.

Quando o Náutico parecia se encaixar no jogo com a nova formação e começava a abafar o Bragantino em seu campo defensivo, foram os visitantes que chegaram ao gol. E, assim como acontecera frente ao Vasco, o Timbu sofreu novamente após lance de cobrança de lateral. A bola sobrou para Edson Sitta que tirou a marcação e cruzou. A bola alta passou por toda a extensão da área e chegou a  Watson, que, sem oposição, só teve o trabalho de escorar para balançar as redes de Julio Cesar.

Atrás no placar, Gallo tentou sua última cartada. A opção por Matheus no lugar de Rony, que deixou o campo vaiado, entretanto, também não resultou. O Timbu seguia muito lento no setor ofensivo, preso à marcação do Bragantino e, sem volume de jogo, apelando a ligamentos diretos em algumas ocasiões. Não foi por acaso, portanto, que apenas nos acréscimos e de pênalti que o Náutico chegaria ao empate. Bergson converteu e manteve o Timbu no G4.

Ficha do jogo

Náutico 1
Julio Cesar; Rafael Pereira, Léo Pereira, Eduardo e Mateus Muller (Rodrigo Souza); Gastón, Maylson e Renan Oliveira (Tiago Adan); Rony (Matheus), Bergson e Jefferson Nem. Técnico: Alexandre Gallo.

Bragantino 1
Felipe; Guilherme, Rodrigo San, Éder Lima e Bruno Pacheco; Gabriel Silva, Daniel Pereira, Watson (Rômulo) e Edson Sitta (Leandro Brasília); Claudinho e Erick (Eliandro). Técnico: Toninho Cecílio.

Local: Estádio do Arruda (Recife-PE). Horário: 16h. Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira (MG). Assistentes: Luiz Antonio Barbosa (MG) e Eric Nunes Costa (SE). Gols: Bergson (aos 47 min 2º T Náutico); Watson (aos 12 min 2º T Bragantino). Cartões amarelos: Bergson (Náutico); Daniel Pereira (Bragantino). Público: 7.236. Renda: R$ 90.120,00.
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