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Diante do líder Vasco, defesa alvirrubra comete muitas falhas e Náutico perde por 3 a 2

Timbu até fez bom primeiro tempo, mas não resistiu aos próprios erros na etapa final

postado em 14/06/2016 21:15 / atualizado em 15/06/2016 09:15

Emanuel Leite Jr. /Especial para o Diario

Paulo Fernandes/Vasco.com.br/Divulgação
Já dizia a velha sabedoria popular. Os erros pagam-se caro. O próprio Náutico já havia experimentado deste fado em três de seus quatro primeiros jogos fora de casa na atual Série B do Campeonato Brasileiro. E quando se tem pela frente o líder e principal candidato ao título da competição, aí é que cada falha cobra sua fatura. Frente ao Vasco, em pleno São Januário, o Timbu até foi bem no primeiro tempo. Podia ter ido para o intervalo em vantagem, não fossem os erros nas finalizações. Mas foram as falhas do sistema defensivo que custaram a terceira derrota em cinco partidas como visitante na segundona. Contra o melhor time do campeonato, não se pode vacilar. E o Náutico vacilou. Três vezes. Sofreu três gols. E como só marcou dois, volta para o Recife com a derrota por 3 a 2 para os cruzmaltinos.

Diante do líder e franco favorito ao título, fora de casa, o técnico Alexandre Gallo não se fez de rogado e optou por uma escalação diferente daquela da goleada sobre o Paraná, no último sábado. Renan Oliveira saiu para dar lugar a Rony. No papel, uma formação com quatro atacantes. Porém, não era esta a intenção do comandante alvirrubro. A ideia era apostar ainda mais nas transições ofensivas rápidas e por isso quatro atletas que têm em comum a característica da velocidade.

A estratégia timbu poderia ter resultado logo aos sete minutos. A pressão alta, outro princípio de jogo que vem sendo adotado regularmente pelo Náutico, de Rony só não terminou em gol porque o atacante finalizou muito mal quando já estava de frente para o goleiro Jordi. O Náutico seguia controlando a partida e apostando na velocidade, chegando com frequência à área cruzmaltina.

Por essa razão, o gol dos donos da casa, aos 13 minutos, veio na contracorrente do jogo. Mesmo sem volume de jogo, o Vasco encontrou seu tento em uma falha clamorosa do sistema defensivo alvirrubro. Madson cobrou um lateral de longe e direto para a área. A zaga timbu vacilou, deixou Andrezinho solto na pequena área. E meio-campista não perdoou, mandando a bola para o fundo das redes de Julio Cesar.

Entretanto, o gol vascaíno não abalou o Náutico. A equipe alvirrubra manteve o equilíbrio em campo e seguiu controlando as ações do confronto - inclusive com maior posse de bola. O empate era uma questão de tempo. E foi mesmo. Após uma sequência de três escanteios consecutivos, Taiberson colocou a bola na cabeça de Rafael Pereira, que só teve o trabalho de empurrar para o gol.

A igualdade no placar deu ainda mais moral aos alvirrubros, que seguiram com maior volume de jogo e chegando com maior frequência ao ataque. Os pernambucanos, inclusive, podiam ter ido para o intervalo já à frente do marcador. Isso porque aos 35 minutos, Bergson desperdiçou grande lançamento de Rony e aos 41 Mateus Mullter, sozinho, cabeceou para fora. Ao fim da etapa inicial, o empate não fazia justiça ao que o Náutico havia produzido.
Paulo Fernandes/Vasco.com.br/Divulgação


Os erros se pagam caro

O Vasco não demorou muito para se recolocar em vantagem no jogo. Decorria apenas um minuto do segundo tempo quando os cruzmaltinos chegaram ao segundo gol. Mais uma vez, através de bola parada. E se no primeiro a falha foi dos defensores, no segundo, foi a vez de Julio Cesar jogar contra o próprio patrimônio. O goleiro alvirrubro saiu muito mal e Rodrigo não perdoou o erro.

Assim como na etapa inicial, o Timbu bem que tentou não se abalar após sofrer o gol. Porém, ao contrário do primeiro tempo, a equipe alvirrubra não foi capaz de impor seu ritmo e viu o Vasco crescer em campo. Aos 32 minutos, a defesa do Náutico falhou novamente. Eduardo vacilou, Eder Luis progrediu pelas costas do zagueiro, deixou um atordoado Julio Cesar no chão e ampliou o marcador. O gol de Renan Oliveira, já nos acréscimos, veio tarde de mais para mudar a sina de derrotas do Náutico fora de casa.

FICHA DO JOGO

Vasco 3

Jordi; Madson, Luan, Rodrigo e Julio César (Henrique); Marcelo Mattos, William, Andrezinho (Eder Luis) e Nenê; Jorge Henrique e Leandrão (Thalles). Técnico: Jorginho.

Náutico 2

Julio Cesar; Joazi, Rafael Pereira, Eduardo e Mateus Muller; Gastón (Eurico) e Maylson; Jefferson Nem, Taiberson (Renan Oliveira) e Rony; Bergson (Odilávio). Técnico: Alexandre Gallo.

Local:
Estádio São Januário (Rio de Janeiro-RJ). Árbitro: Jean Pierre Goncalves Lima  (RS). Assistentes: Neuza Ines Back (SC) e Leirson Peng Martins (RS). Gols: Andrezinho (aos 13 min 1º T Vasco), Rodrigo (aos 1 min 2º T Vasco) Eder Luis (aos 32 min 2º T Vasco); Rafael Pereira (aos 33 min 1º T Náutico) e Renan Oliveira (aos 47 min 2º T). Cartões amarelos: Marcelo Mattos (Vasco); Gastón, Taiberson, Eurico, Eduardo (Náutico). Cartões vermelho: x. Público:
3.483 torcedores. Renda: R$ 93.710,00.