NÁUTICO
Integrantes de organizada invadem treino do Náutico, cobram mudanças e ameaçam jogadores
Protesto que paralisou treino não teve intervenção dos seguranças e dirigentes
postado em 24/03/2015 16:28 / atualizado em 25/03/2015 08:27
Instantes depois de a assessoria de imprensa informar que o clube havia autorizado um protesto dentro das dependências do centro de treinamento, o grupo passou em frente à sala de coletivas em direção ao campo. Sem enfrentar qualquer resistência, invadiram o gramado entoando ameaças e estourando os fogos de artifício. “Ê Ê Ê Ê. Se não jogar, a porrada vai comer!”, gritavam.
Ao se depararem com a cena, os atletas interromperam o treinamento e se levantaram para ouvir as contestações. Identificado como Diogo Feijoada, o porta-voz dos torcedores avisou de maneira intimidadora. “Estamos aqui para pedir que vocês joguem bola. Não tem mais o que conversar. É o nosso último esforço pacífico”, prometeu. “Se a gente tiver de vir aqui de novo, vai ser pra resolver na porrada”, gritou outro interrompendo.
Espontaneamente, o meia Pedro Carmona deu um passo a frente para responder pelo elenco. “Concordo com a insatisfação de vocês. Realmente, nesse último jogo, faltou uma postura diferente por parte do nosso time. Já conversamos com a comissão técnica e entre nós mesmos e as coisas vão ser diferentes a partir de agora”, garantiu. Convocado pelos membros da organizada, Júlio César também prometeu empenho. “Nem fui levar minha filha na escola para não ouvir provocação ou gracinha de torcedor.”
O gerente de futebol Carlos Kila confirmou que o protesto foi autorizado pelo clube. “Como havia esta prática nos Aflitos e isso não é mais possível, aceitamos o pedido feito pelos torcedores e autorizamos o protesto aqui no CT.”