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PE2013

Náutico perde para o Ypiranga por 2 a 0 nos Aflitos

No dia do aniversário do clube, o Timbu saiu derrotado de campo. Resultado aumenta a já forte pressão sobre o técnico Vágner Mancini

postado em 07/04/2013 18:00 / atualizado em 07/04/2013 18:19

Yuri de Lira /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D. A. Press
A torcida alvirrubra ficou sem presente. Neste domingo, na data do aniversário de 112 anos do clube, o Timbu perdeu para o Ypiranga, por 2 a 0, nos Aflitos. A vitória era emergencial para o Náutico. Após a derrota para o Santa Cruz na rodada passada, o clima pesou no Eládio de Barros Carvalho. Cogitou-se a demissão do técnico Vágner Mancini. O revés para a Máquina de Costura só aumentou a pressão e fez crescer ainda mais as feridas abertas no Clássico das Emoções. Hostilizado durante toda a partida, o treinador está novamente na corda bamba. A sua demissão é iminente. De quebra, a equipe deixou também escapar a chance de assumir a liderança do Campeonato Pernambucano.

Antes de a bola rolar, já era possível ver como a relação entre os torcedores e o treinador estava abalada. Quando o sistema de som dos Aflitos anunciou a escalação do time e citou nome do comandante no final da lista, uma boa parcela da torcida presente no estádio o vaiou em uníssono. Dentro de campo, o Náutico começou mais agudo que o Ypiranga. Os visitantes, no entanto, não se acuavam. Logo equilibraram os ações. Também assustavam o goleiro Felipe, que teve que fazer, pelo menos, três defesas nos 20 primeiros minutos da partida - uma delas, no mano a mano.

O time de Santa Cruz do Capibaribe começou a ser mais perigoso que o Náutico com o passar do tempo. O Timbu ia se mostrando ineficiente no meio-campo. Martinez, Marcos Vinicíus e Giovanni Augusto não conseguiam distribuir as jogadas. OS erros de passes eram recorrentes. Alguns torcedores já esboçavam revolta quando o Ypiranga fez o primeiro gol. Aos 42, Danúbio, de cabeça, fez 1 a 0. Ironicamente, tímidos aplausos para o adversário puderam ser ouvidos das arquibancadas. Nada tímidos foram os gritos de "burro", "palhaço" e "queremos treinador" direcionados para Mancini logo em seguida. Quando soou o apito para o intervalo, o técnico foi hostilizado outra vez. Na volta dos vestiários, a cena se repetiu.   

Segundo tempo
O Náutico até que veio disposto para reverter o placar já no início do último ato do duelo. Jones Carioca, que acabara de entrar, acertou a trave esquerda de Jaílson. Os alvirrubros tinham mais volume de jogo, mas que não eram convertidos sequer em chances reais. As melhores oportunidades foram com Rogério. Depois de cruzamento na grande área, o atacante, livre de marcação, cabeceou para fora. Minutos depois, ele acertou o travessão.

Pressionados pela torcida, os jogadores do Náutico ficavam nervosos a cada segundo que passava. Nervosismo que ficou claro com a a expulsão do lateral-direito Auremir, que entrou de carrinho, sem bola. Aproveitando, justamente, o "buraco" na ala alvirrubra, a Máquina de Costura construiu um contra-ataque e sofreu pênalti de Alcides. Diogo foi para a cobrança e ampliou a contagem: 2 a 0. Os torcedores começaram a deixar os Aflitos. Os poucos que ficaram pediram mais uma vez a saída de Mancini do clube.

Estádio: Aflitos (Recife-PE)
Árbitro: Arílson Bispo da Anunciação/BA
Assistentes: Ricardo Chianca e Bruno Alcântara
Gols: Danúbio (Ypiranga, aos 42 do 1T) e Diogo (Ypiranga, aos 34 do 2T)
Cartões amarelos: Jones Carioca e Alcides (Náutico); Deto e Jaílson (Ypiranga)
Cartão vermelho: Auremir (Náutico)
Público: 7.345
Renda: R$ 58.449

Náutico
Felipe; Auremir, Alison, Alcides e Bruno Collaço (Josa); Martinez, Rodrigo Souto, Giovanni Augusto (Vinícius Pacheco) e
Marcos Vinícius (Jones Carioca); Rogério e Elton. Técnico: Vágner Mancini.

Ypiranga
Jaílson; Danilo (Deto), Hugo, Egón; Diogo, Jéferson Piauí, Marcinho, Dácio e Lincoln (Jonatas); Elivélton (Guilherme) e
Danúbio. Técnico: Édson Miolo.