Série A
Kieza resolve o jogo e Náutico bate o Palmeiras por 1 a 0 nos Aflitos
Gol do atacante garante a 11ª vitória alvirrubra em casa
postado em 14/10/2012 17:48 / atualizado em 14/10/2012 20:31
No início do jogo nos Aflitos, mais por erros do Náutico do que méritos do Palmeiras, os paulistas chegaram pelo menos quatros vezes. A primeira falha foi de Martinez, que perdeu a bola no campo de defesa e, se não fosse o goleiro Felipe, Luan teria aberto o placar. Em seguida, foi Alessandro quem recuou na "fogueira", mas Jean Rolt consertou. Para completar a sequência de lambanças da defesa, uma bobeada de cobertura na esquerda por pouco não resulta em um gol de Obina. O mesmo Obina, após mais um cochilo do sistema defensivo, perdeu de abrir a contagem. Com o gol aberto, ele chutou em cima da zaga.
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Se o Timbu errava lá atrás, no ataque mostrava-se operante. Só pecava na hora da conclusão. Rogério arriscou duas vezes. Ambas para fora. Mas quando o cronômetro marcava 14 minutos, Kieza, consciente, colocou a bola no canto esquerdo do goleiro palmeirense: 1 a 0, fazendo o seu décimo primeiro tento na Série A. O gol, na hora em que a torcida já começava a pegar no pé do time, controlou a ansiedade dos alvirrubros, sobretudo na defesa. As falhas cessaram, e o Palmeiras encontrou ainda mais dificuldades para chegar à meta de Felipe.
Os pernambucanos ficaram bem mais ariscos. A velocidade de Rogério e Rhayner fazia com que os visitantes se perdessem no setor de meio-campo. Quando o Alvirrubro ia para o ataque, recompunha de forma rápida e impedia qualquer possibilidade de contra-ataque do adversário. As oportunidades pontuais do Verdão eram, na maioria das vezes através das bolas paradas. Porém, sem Marcos Assunção para cobrá-las, nenhuma assustava.
A partida seguiu em um ritmo parecido na etapa final. Aos oito, Araújo perdeu um gol cara a cara com o goleiro. Depois de uma triangulação com Kieza e Rhayner, chutou fraco nas mãos de Bruno. Falar em Rhayner... dois minutos após esse lance, Alessandro lançou o meia e ele mostrou novamente a sua empatia com a trave e antipatia com o gol. Tirou do goleiro, mas acertou o poste esquerdo dos alviverdes, permanecendo ainda sem balançar as redes na competição nacional.
O Palmeiras não mudou a sua postura no intervalo. Limitava-se às vãs bolas paradas. O técnico Gilson Kleina até tentou inverter a situação. Pôs até o ex-alvirrubro Betinho e tirou um volante. Sem sucesso. A vida dos visitantes complicou ainda mais com a expulsão do zagueiro Thiago Heleno. O jogador entrou de carrinho em Araújo e acabou saindo da partida mais cedo. Com 20 minutos, um chute de fora da área de Obina chegou a gelar a espinha da torcida timbu. Mas os adversários pouco fizeram para empatar. Gallo fechou o Náutico e impediu qualquer tentativa do time paulista. O momento de maior comemorações nos Aflitos depois foi, talvez, os dois gols do Atletico-MG em cima do rival Sport, em Minas Gerais.
Náutico 1
Felipe; Alessandro (Alemão), Jean Rolt, Alison e Douglas Santos; Elicarlos, Martinez, Rogério (Josa) e Rhayner; Kieza e Araújo (Rogerinho). Técnico: Alexandre Gallo.
Palmeiras 0
Bruno; Artur, Leandro Amaro, Thiago Heleno e Juninho; Márcio Araújo (Betinho), João Denoni, Mazinho (Patrick Vieira), Tiago Real; Luan e Obina (Vinícius). Técnico Gilson Kleina.
Estádio: Aflitos (Recife-PE)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique/RJ (Fifa)
Assistentes: Márcio Santiago/MG e Kléber Gil/SC
Gols: Kieza (Náutico, aos 14 minutos do 1ºT)
Cartões amarelos: Martinez e Douglas Santos (Náutico); Leandro Amaro, Thiago Heleno e Patrick Vieira (Palmeiras)
Cartão vermelho: Thiago Heleno (Palmeiras)
Público: 15.096
Renda: R$ 261.375