Alexandre Gallo vai além das primeiras impressões no Náutico

Como reverter a vantagem do Sport, vencendo-o na Ilha do Retiro por dois gols de diferença e chegar à final do Campeonato Pernambucano? A pergunta, certamente, povoa a cabeça do técnico Alexandre Gallo, desde que Ricardo Tavares deu o último apito no clássico de domingo. A missão alvirrubra é complicadíssima. O que fazer de diferente, para que o resultado final também seja bem diferente do 2 a 1 do encontro passado. A resposta que o treinador alvirrubro procura.

Muita coisa deve estar passando na cabeça do técnico Alexandre Gallo desde o domingo e mais ainda passará durante a semana. Primeiro, solucionar os problemas que observou na última partida. É bom lembrar que foi a primeira vez que o treinador comandou o time à beira do gramado. Isso, depois de apenas dois dias de treinos. Com certeza, ali, identificou deficiências na equipe. Algumas flagrantes, como o preparo físico do elenco, outras mais discretas, como falhas de posicionamento, por exemplo.

Mas ele também viu qualidades no time. É inegável que a postura com Gallo no comando foi bem diferente das últimas rodadas. Houve um crescimento, apesar do pouco tempo de trabalho. A equipe criou e finalizou mais. Ponto para o treinador. Faltou, porém, acertar o pé. Desafio para o comandante. E na cabeça dele vem a pergunta: como fazer o time transformar nos gols que precisa marcar as oportunidades criadas?

A resposta é treino, muito treino. A partir desta quarta-feira, Gallo começa a solucionar outro ponto: a escalação do Náutico. De cara, já sabe que não poderá contar com Elicarlos, peça importante do time, suspenso por conta da expulsão na última partida. Incialmente, tem dois candidatos à vaga. Tozo é o jogador com características mais parecidas. Mas Lenon também pode aparecer no time. Tem a seu favor a melhor condição física e o maior entrosamento com o grupo, já que está disputando o campeonato desde o início. Há dúvidas, também, sobre a possibilidade de contar com o zagueiro e capitão Marlon, que deixou o gramado no último domingo com o ombro machucado.

Só tem tu...

A finalização foi um dos grandes problemas do Náutico no primeiro jogo da semifinal. Siloé e Rodrigo Tiuí tiveram inúmeras chances de marcar o gol, mas falharam. Ao todo na partida, foram 23 finalizações alvirrubras. Só uma, contudo, venceu o goleiro Magrão. E não foi de um atacante. O zagueiro Ronaldo Alves teve que ir à frente para marcar. As opções, porém, não são muitas para o setor. A dupla Siloé/Tiuí é o que há de melhor no momento. Dori seria uma alternativa, mas basta olhar o retrospecto para ver que está longe de ser uma solução: são apenas dois gols no PE2012. O jeito é botar fé nos dois titulares e torcer para que eles acertem o pé.