De nada adiantou
Náutico vence Fortaleza por 2 a 1, de virada, mas está fora da Copa do Brasil
Gol sofrido aos 30 minutos do primeiro tempo sepultou as chances do Timbu, que jogou pela honra e alcançou a vitória no segundo tempo de partida
postado em 18/04/2012 23:47 / atualizado em 18/04/2012 23:59
Uma vitória que nada adiantou. O Náutico venceu o Fortaleza por 2 a 1, nesta quarta-feira, nos Aflitos, mas foi eliminado da Copa do Brasil. Começou o jogo precisando ganhar por 4 a 0, terminou necessitando de um improvável 6 a 1. Impossível, na verdade, pelo que se viu em campo. O Timbu deixou para jogar como devia somente no segundo tempo, quando marcou seus dois gols. A eliminação, porém, foi decretada aos 30 da etapa inicial, quando Jailson marcou para o time cearense.
Agora, é esquecer Copa do Brasil e voltar o foco para o Campeonato Pernambucano. É o que resta ao Alvirrubro neste momento. Domingo, novamente nos Aflitos, a equipe enfrenta o Sport, pelo primeiro jogo das semifinais do Estadual. Possivelmente, o Timbu terá técnico novo: Alexandre Gallo.
No início, o espírito até que foi de luta. Mas só. Futebol é mais do que isso. É técnica, tática, conjunto. E é tudo o que esse time do Náutico não tem. Para uma equipe que precisava fazer, pelo menos, quatro gols, uma cabeçada, sem perigo, com dois minutos de partida é muito pouco.
Pois foi tudo o que o Náutico apresentou até os 30 minutos de jogo, quando Jailson aproveitou falha de Marlon e marcou o gol que sepultou a ponta de esperança alvirrubra. Depois disso, bastante afetado pelo tento sofrido, o Timbu foi ainda pior em campo. Nervoso, errava lances bobos. Em alguns momentos, apelou para a violência. Criar jogadas, que era o que o time realmente precisava, nada.
Nem a alternativa tática do interino Levi Gomes, que armou a equipe com dois meias (Ramón e Eduardo Ramos) e dois atacantes (Rodrigo Tiuí e Dori) pela primeira vez na temporada, funcionou. O Náutico foi irrisório na criação das jogadas. Os meias jogavam muito longe, sem a chance de tabelar na frente da área. Ramón voltava demais para buscar a bola, papel que deveria ser dos volantes. Derley, improvisado na direita, se isolou na ponta direita, muito mal posicionado em campo.
Na volta para o segundo tempo, só restou ao Náutico defender sua honra. Com o gol do Fortaleza, o Timbu precisava fazer um placar de 6 a 1 para se classificar. Com menos de um minuto, veio o primeiro gol. Ramón alçou bola na área e Marlon, se redimindo da falha no tento do Fortaleza, tocou para o fundo das redes. Agora, faltavam cinco gols.
Com o resultado extremamente favorável, o Fortaleza veio para o segundo apenas para administrar o resultado. o time cearense não se deu ao trabalho, sequer, de marcar a saída de bola do Náutico. Se defendia e tocava a bola quando a tinha. Se viesse um contra-ataque, ótimo, mas nem isso houve. O Timbu dominou as ações na segunda etapa, bem diferente do primeiro tempo. O segundo gol, da virada, até veio. Aos 35, Siloé chutou cruzado, a bola bateu em Léo Santos e entrou.
Enfim, a vitória até veio, de virada. Um alento em meio a um momento de crise. Que seja, também, um sinal de que o rumo das coisas vai mudar nos Aflitos. O torcedor alvirrubro torce por isso.
Ficha do jogo
Náutico
Gideão; Derley, Marlon, Ronaldo Alves e João Ananias; Lenon, Elicarlos, Ramón e Eduardo Ramos (Auremir); Doriélton (Léo Santos) e Rodrigo Tiuí (Siloé). Técnico: Levi Gomes (interino)
Fortaleza
João Carlos; Rafinha, Gilmack, Cléber Carioca e Kauê; Leandro, Marielson (Jeferson), Esley e Geraldo (Lucas); Cléo e Jailson (Marquinho). Técnico: Nedo Xavier
Local: Aflitos. Árbitro: Péricles Bassols (FIFA-RJ). Assistentes: Marco Peçanha Santos (RJ) e Otávio Correia e Araújo (AL). Gols: Jailson, Marlon e Léo Santos. Cartões amarelos: Marielson, Rafinha, Leandro (F), Lenon, João Ananias, Ramón, Rodrigo Tiuí (N). Público: 2.308. Renda: R$ 17.690.
Agora, é esquecer Copa do Brasil e voltar o foco para o Campeonato Pernambucano. É o que resta ao Alvirrubro neste momento. Domingo, novamente nos Aflitos, a equipe enfrenta o Sport, pelo primeiro jogo das semifinais do Estadual. Possivelmente, o Timbu terá técnico novo: Alexandre Gallo.
No início, o espírito até que foi de luta. Mas só. Futebol é mais do que isso. É técnica, tática, conjunto. E é tudo o que esse time do Náutico não tem. Para uma equipe que precisava fazer, pelo menos, quatro gols, uma cabeçada, sem perigo, com dois minutos de partida é muito pouco.
Pois foi tudo o que o Náutico apresentou até os 30 minutos de jogo, quando Jailson aproveitou falha de Marlon e marcou o gol que sepultou a ponta de esperança alvirrubra. Depois disso, bastante afetado pelo tento sofrido, o Timbu foi ainda pior em campo. Nervoso, errava lances bobos. Em alguns momentos, apelou para a violência. Criar jogadas, que era o que o time realmente precisava, nada.
Nem a alternativa tática do interino Levi Gomes, que armou a equipe com dois meias (Ramón e Eduardo Ramos) e dois atacantes (Rodrigo Tiuí e Dori) pela primeira vez na temporada, funcionou. O Náutico foi irrisório na criação das jogadas. Os meias jogavam muito longe, sem a chance de tabelar na frente da área. Ramón voltava demais para buscar a bola, papel que deveria ser dos volantes. Derley, improvisado na direita, se isolou na ponta direita, muito mal posicionado em campo.
Na volta para o segundo tempo, só restou ao Náutico defender sua honra. Com o gol do Fortaleza, o Timbu precisava fazer um placar de 6 a 1 para se classificar. Com menos de um minuto, veio o primeiro gol. Ramón alçou bola na área e Marlon, se redimindo da falha no tento do Fortaleza, tocou para o fundo das redes. Agora, faltavam cinco gols.
Com o resultado extremamente favorável, o Fortaleza veio para o segundo apenas para administrar o resultado. o time cearense não se deu ao trabalho, sequer, de marcar a saída de bola do Náutico. Se defendia e tocava a bola quando a tinha. Se viesse um contra-ataque, ótimo, mas nem isso houve. O Timbu dominou as ações na segunda etapa, bem diferente do primeiro tempo. O segundo gol, da virada, até veio. Aos 35, Siloé chutou cruzado, a bola bateu em Léo Santos e entrou.
Enfim, a vitória até veio, de virada. Um alento em meio a um momento de crise. Que seja, também, um sinal de que o rumo das coisas vai mudar nos Aflitos. O torcedor alvirrubro torce por isso.
Ficha do jogo
Náutico
Gideão; Derley, Marlon, Ronaldo Alves e João Ananias; Lenon, Elicarlos, Ramón e Eduardo Ramos (Auremir); Doriélton (Léo Santos) e Rodrigo Tiuí (Siloé). Técnico: Levi Gomes (interino)
Fortaleza
João Carlos; Rafinha, Gilmack, Cléber Carioca e Kauê; Leandro, Marielson (Jeferson), Esley e Geraldo (Lucas); Cléo e Jailson (Marquinho). Técnico: Nedo Xavier
Local: Aflitos. Árbitro: Péricles Bassols (FIFA-RJ). Assistentes: Marco Peçanha Santos (RJ) e Otávio Correia e Araújo (AL). Gols: Jailson, Marlon e Léo Santos. Cartões amarelos: Marielson, Rafinha, Leandro (F), Lenon, João Ananias, Ramón, Rodrigo Tiuí (N). Público: 2.308. Renda: R$ 17.690.