PE2012
Náutico cai diante do Salgueiro e invencibilidade nos Aflitos chega ao fim
Timbu não perdia diante da torcida há 30 jogos consecutivos
postado em 28/03/2012 22:01 / atualizado em 29/03/2012 08:28
Para um jogo do qual se esperava grande movimentação, a partida começou decepcionante. Com muitos erros de passe, as equipes demoraram a se acertar no primeiro tempo. O Náutico tomava a iniciativa e tinha a maior posse de bola. Chegou a criar algumas chances, mas não foi competente nas finalizações. Henrique, escalado na sua última chance de mostrar serviço, perdeu dois gols incríveis. Phillip, encarregado da criação, não ajudava. A salvação alvirrubra eram os laterais, Auremir e Jefferson, mais uma vez atuando bem.
O Salgueiro, por sua vez, não fazia uma partida brilhante. No ataque, errava muito. Na defesa, porém, foi muito bem, praticamente sem erros. Assim, suportou a pressão do Náutico e aos 36 minutos abriu o placar. Numa bobeira incrível de marcação do Timbu, Victor Caicó pegou a bola sozinho na entrada da área e foi muito feliz na finalização. Acertou um belíssimo chute, sem defesa para Gideão. Por ironia, a própria torcida alvirrubra aplaudiu o gol adversário.
Os irônicos aplausos foram os primeiros sinais de insatisfação da torcida. Outra parte das arquibancadas foi mais direta: vaiou o time até a descida para o vestiário. O alvo preferido: Henrique. Na volta para o segundo tempo, nos primeiros minutos, uma trégua. Waldemar Lemos tentou dar uma movimentação diferente para a equipe. Trocou Phillip por Berger. Depois, tirou Tozo e colocou Marquinho, puxando Auremir para o meio-campo.
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O enredo, porém, continuou o mesmo. Maior posse de bola e nenhuma eficiência na finalização. O grande problema é a falta de qualidade no elenco. Com os vários desfalques, faltaram substitutos à altura. As oportunidades escassas foram desperdiçadas por pura falta de habilidade dos jogadores. Berger teve a chance do empate nos pés, mas, de frente para o gol, recuou para o goleiro. Doriélton fez o mais difícil, que foi arrancar e limpar a zaga. Na hora de bater, mandou por cima.
Assim, não tem paciência que não acabe. E assim como os aplausos para o gol adversário, surgiram os gritos de olé quando o Náutico tocava a bola, tentando sair da marcação do Salgueiro. E então foram surgindo as vaias e os gritos de insatisfação das arquibancadas. Que se tornou um coro nos minutos finais. Após o apito final do juiz, derrota e fim da invencibilidade decretados, o último ato de protesto dos torcedores. Um reflexo do que se viu em campo: "timinho, timinho".
Ficha do jogo
Náutico 0
Gideão; Auremir, Marlon, Ronaldo Alves e Jefferson; Lenon, Tozo (Marquinho), Derley e Phillip (Berger); Henrique (Anderson) e Doriélton. Técnico: Waldemar Lemos
Salgueiro 1
Luciano; Marcos Tamandaré, Alemão, Luiz Eduardo e Peri; Pio, Josa, Victor Caicó e Clébson (Romário); Élvis (Edmar) e Fabrício Ceará (Júnior Ferrim). Técnico: Neco
Local: Aflitos. Árbitro: Neilson Santos. Assistentes: Albert Júnior e Clóvis Amaral. Gols: Victor Caicó. Cartões amarelos: Tozo, Auremir, Marquinho, Lenon (N) e Victor Caicó (S). Público: 10.344. Renda: R$ 78.324.